quinta-feira, 31 de julho de 2014

Shoes

Quando cheguei a Portugal depois de uma viagem de 12 horas de regresso de Maputo, houve algo que não consegui reconhecer: os meus pés. Estavam tão inchados que me parecia que explodiam.
Como não podia deixar de ser, foi nesse dia que vi uns sapatos pelos quais me apaixonei. Não os podia experimentar decentemente com os pés naquele estado, mas claro que os comprei assim mesmo.
De volta aos Açores, e depois de me desincharem as patorras, tirei a prova dos 9 e experimentei os sapatos: ficam-me apertados na zona dos dedos. Em desespero, consultei a net e resolvi seguir a receita que aconselha colocar um saco com água dentro dos sapatos e enfiar tudo no congelador. Veremos.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Vátttttttttttttt

Conheço o homem de vista porque almoçamos no mesmo sítio. Mas o facto de sermos perfeitos estranhos não o impediu de me vir dizer:
- Já reparou que está a engordar?

sábado, 26 de julho de 2014

Bons conselhos

Depois de um ano dedicada ao intelecto (coisa que, se bem se lembram, me deixou o homem à beira de me dar duas estaladas por dia), decidi que está mesmo na altura de me começar a dedicar um bocadinho ao corpo.
Vai daí, telefonei à minha irmã (professora de educação física, proprietária de um ginásio, instrutora de 553 tipos de fitness) e pedi que, recorrendo a toda a formação académica e empírica de que dispõe, me indicasse uma modalidade mega-moderna e de eficácia comprovadíssima que me tonifique as pernas.
Eis a resposta:
- Não vives no 7º andar? Deixa de usar o elevador.


terça-feira, 22 de julho de 2014

Africa road trip.

O segundo dia passado em Moçambique faz-se on the road.
O destino é a fabulosa praia da Ponta do Ouro, com os seus 7 kms de areia fantabulástica.
A viagem de Maputo até lá também é fantabulástica. Convém fazer alguns exercícios de aquecimento, em particular do pescoço, porque os solavancos são uma coisa nunca dantes vista. A estrada (sem pavimento, como não se cansava de repetir a senhora do GPS) é, à falta de termo melhor, tesa. Os buracos são do tamanho de pequenas crateras e o piso é, muitas vezes, areia pura.
A viagem é marcante por outro motivo: para quem, como eu, está a viver os primeiros momentos em África, é fascinante que se possam percorrer dezenas de kms sem ver ninguém nem encontrar qualquer tipo de construção ou infraestrutura e, de repente, ver duas mulheres a conversar num cruzamento.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Chegada a Maputo.

Mal desembarquei em Maputo e me dirigi para a zona de recolha de bagagem, veio logo um senhor muito "simpático" oferecer-se para me tratar de tudo: de me arranjar um carrinho, pegar nas malas e ajudar-me a atravessar a zona de segurança.
Tudo isto, claro, pela módica quantia de 10 euros (veja lá a minha simpatia, até a deixo pagar-me em euros).
Não tive jeito para o mandar embora. Não queria ser antipática e não consegui ser rude como a situação exigia. Deixei-o, portanto (que remédio), andar atrás de mim para todo o lado, claramente feliz por ter enganado uma branquela tontinha acabada de chegar.
Até que viu o homem do lado de fora à minha espera e viu (claramente visto) os desejados 10 euros transformados rapidamente em 10 meticais: que é como quem diz, 10 cêntimos.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Viajar para África.

Parece-me de bom tom partilhar o que já aprendi até agora sobre o que é necessário para uma viagem deste género; no caso, Moçambique e Tanzânia.

Para já, as vacinas:
- começamos pela consulta do viajante; é lá que nos passam as receitas para as necessárias:
. febre amarela
. profilaxia para a malária
. alguns médicos, consoante o destino, aconselham um reforço da tifóide
 (já agora, aproveita-se e toma-se também uma vacina qualquer que não esteja em dia) 

No dia da consulta, é preciso saber exactamente em que dias vamos viajar e em que cidades vamos ficar (tendo em conta que algumas cidades têm nomes como Dar es Salaam, convém perder a vergonha e tomar nota num papelinho). 
O melhor é fazer a coisa aí com um mês de antecedência porque as vacinas devem ser tomadas cerca de duas semanas antes da viagem - entre marcar a consulta e tal, um mês passa num instantinho.


Depois, com as receitas na mão e o novo cartão que regista as devidas vacinas, dirigimo-nos ao nosso centro de vacinação (até pode ser tudo no mesmo edifício) e lá vamos levar as picas que custam 20 euros cada uma.
A profilaxia para a malária é feita em comprimidos - vamos comprá-los à farmácia e tomamos conforme as recomendações devidas (óbvio).  Atenção porque o médico que me atendeu disse "começa a tomar uma semana antes da viagem" - e é verdade, mas eu achei que ele estava a dizer para tomar os comprimidos uma vez por dia quando, na verdade, ele queria dizer que era uma vez por semana - portanto, esclareçam bem esta questão.

Depois, rezamos.

Apesar das rezas, percebemos que não tivemos tanta sorte quanto isso e apanhámos um pouco de febre (conforme a sra. enfermeira avisou que aconteceria) e percebemos também que estamos a visitar o w.c. com um pouco mais de frequência do que é habitual.

Quando passam estes efeitos, rezamos outra vez: agora, para agradecer a graça concedida porque, bem vistas as coisas, podia ter sido pior.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Para as Áfricas

Só viajo na próxima sexta-feira, mas a minha mala já está quase cheia - com a roupa para ele, pois claro, que me pediu que lhe comprassse, basicamente, um guarda-roupa novo.
(e depois admira-se que eu consiga viajar com tão pouco, ao contrário de tantas mulheres por esse mundo fora)
Vou tentar, mais tarde, montar um esquema de chantagem em que lhe digo que preciso de comprar 2 ou 3 coisinhas em Zanzibar, já que "quase não tive espaço na mala para as minhas coisas, sabes..."

terça-feira, 1 de julho de 2014

A vida glamourosa de uma Menina da Rádio

É das coisas mais justas - sem dúvida - mas também das mais chatas: roteiros de direitos de autor.
Todos os dias.
Todos.

: