Perante a (aparentemente) inexplicável movimentação de uma viatura, cada um desenvolveu a sua teoria.
A minha reza que a proprietária da viatura em questão confiou em quem não devia e disse "toma lá a chave do meu carro e vê se consertas aquela janela". Terá sido esse amigo a usar o carro, dar-lhe uma voltinha, espatifá-lo contra os outros dois inocentes estacionados no parque, e, depois, acagaçado com a asneira, a travar o carro, trancá-lo e ir à sua vidinha assobiando como se não fosse nada com ele. Assim se explica que a proprietária do carro negue agora a existência de uma chave suplente que ainda a semana passada comentou com as amigas que tinha mandado fazer.
A senhora com quem eu discuti o assunto, porém, considera bem mais fiáveis outras provas: diz que disse que do outro lado da rua os taxistas garantem que viram o carro andar sozinho, ou seja, pôs-se a trabalhar, engatou o recuo e depois a primeira, virou à esquerda e espatifou-se nos vizinhos.
Com um olhar de censura, acrescentou-me ainda a piada: quem acredita em fantasmas sabe que foi assim, quem não acredita, só tem de respeitar.
Um comentário:
e o carro onde eu seguia bêbado uma vez tramou-me. estava ao volante a descansar e o gajo zuca, toca a andar. parou mesmo ao pé da polícia
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