Aprender.

Diz que aprender todos os dias uma coisa nova é muito bom. E que aprendi eu hoje? Que no mundo do tricot, quando alguém vê uma criação de que gosta muito, umas caneleiras, por exemplo:

pode pedir à pessoa que as criou que partilhe o modo de produção, e este modo de produção tem um  nome técnico: a receita. Isso mesmo. Da próxima vez que quiseram copiar alguma coisa em forma de tricot devem fazê-lo pedindo a receita.

Uma garagem.

Algumas pessoas gostavam de ter uma garagem para arrumar o carro.
Outras para arrumar a mota.
Algumas para arrumar o carro e a mota e a bicicleta.
Outras há que deixariam o carro na rua e usariam a garagem para arrumar tralha.
Eu gostaria de ter uma garagem para poder arrumar o carro mas não por causa dos ladrões ou da ferrugem, como se poderia pensar. Eu gostaria de ter uma garagem apenas para não ter de perder tempo todas as manhãs a tentar lembrar-me onde estacionei o bendito automóvel.

Da rádio.

Gosto deste lado da rádio, em que nos propomos fazer uma tarefa colossal e entramos em pânico com o peso da responsabilidade, mas depois, devagarinho, vamos fazendo com que surja a forma, vamos juntando as pistas e os pedacinhos que hão-de criar o todo final. Um todo, invariavelmente, de aparência simples, em que só quem percebe do assunto a sério consegue imaginar as horas de trabalho ali investidas.

Dúvidas de ética.

É suposto fazermos uma pedicure antes de uma consulta de podologia?

No drive thru.

Ora, no drive thru do Mac, pedi à senhorita:
- Um bigmac e um macFlurry de óréo com bolacha extra faz favor.
Bom, vai-se a ver, mcFlurry de óréo não havia, e foi isso mesmo que a menina me disse respondendo:

- Lamento, mas hoje não há.

- Desculpe, mas por hoje está esgotado.

- Não quer levar outro? Não temos óreo hoje.

 - HAHA!!! Era bom, não era? Não temos!

Assim mesmo. Comunicação eficaz com uma pitada de humor e um toque de masoquismo.
Que mais poderia eu querer?

Das 50 sombras.

Pois que fui ver o famoso filme das 50 sombras, e confesso que ia com as expectativas em baixo. Afinal de contas, tem sido um tal bater com as duas mãos na história, nos actores, na falta de cenas de sexo e em mais tudo e alguma coisa.
Pois fiquem sabendo que, afinal de contas, gostei bastante do filme. Tem alguns momentos de humor muito bem apanhados e as indecisões da moçoila em aceitar por escrito que o rapazola lhe dê a porrada que lhe apetecer estão, a meu ver, bem construídas. E o rapazola, afinal de contas, também acaba por ser uma personagem com várias...como se diz? dimensões? acho que sim, "dimensões" é uma boa palavra.
Além do mais, digo eu, ficou bem retratada a diferença entre uma relação dominador & submisso em que a coisa é feita mais ou menos a brincar, com umas algemas e umas palmadas do género um tapinha não dói, e a coisa feita "a sério", em que a dor, independentemente de ser prazerosa ou não, é uma questão primordial. 
Quanto ao sexo, acredito que, para quem leu os livros, seja escasso, mas para quem não leu nenhum (como é o meu caso), parece-me que há cenas "escaldantes" q.b. - escaldantes o suficiente para me ter esquecido de olhar para o raio da mobília portuguesa.

Uma colega lá das aulas de yoga conseguiu, pela primeira vez, e depois de muitos meses de tentativas, fazer a seguinte posição:

Se fosse eu, ficava histérica uns seis meses (ou o resto da vida), mas ela não. Agora está muito preocupada porque não consegue pronunciar correctamente o mantra ommmm. Ainda lhe perguntei se ela queria trocar, ficava com o meu ommmmm e eu com a capacidade de fazer a invertida, mas não tive sorte.

Motards.

Esta manhã, a caminho do trabalho, reparei na acelera que ia à minha frente. Um adolescente a conduzir e outro atrás, no lugar do pendura, com as fotocópias na mão, a estudar a toda a força enquando o amigo conduzia. Já tinha visto gente de mota a fumar, mas a estudar foi mesmo a primeira vez.

A vida glamourosa de uma Menina da Rádio...

... ou a arte de nos fazermos invisíveis quando aparece uma visita de estudo.

Pequenos tabus.

Sentimo-nos um pouco como duas adolescentes, eu e uma amiga, com sorrisinhos parvos enquanto combinamos que sim, que vamos mesmo ver o filme 50 Shades of Grey.

Não li os livros, mas ouvi dizer que também entra uma gaja qualquer. E acho que também há outros actores. Não sei e, francamente, não me interessa. O que vos garanto é isto: no dia em que for ao cinema ver isto, vou com os óculos muito bem limpos.

eer...

Será que é apenas a falta do eyeliner do costume?

Tenho saudades...

...de jogar um crapot.

Do baú.

Ouvir: John Mayer no seu melhor como bon vivant.

Trair-te com outro.

É isso mesmo, estuporado querido mestre...vou-te trair com outro. Já tenho o orçamento e já marcámos a data. Toma. Incha.

Regresso às aulas de yoga.

Porque será que me dói tanto o pescoço?

Porque há mp3 que dependem de mim.

http://discodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=53770Four five seconds

Dores.

Não me dói o corpo por causa da yoga. Dói-me já o corpo só de pensar que, depois de 2 meses de interrrupção, vou voltar hoje à yoga.

Uma pergunta.

Que idade tem de ter um sobrinho para podermos dizer palavras como "porra" quando falamos com ele?