domingo, 14 de junho de 2009

Divagações

Será que temos os amigos que merecemos? Ou, como li algures, os que podemos? O que os distingue?
Por que nos esforçamos tanto por manter o contacto com alguns (quando a rotina diária não o parece facilitar) enquanto deixamos outros navegar livremente na vidinha deles? Não deixamos propriamente de ser amigos...mas transformamo-nos numa espécie de "amigos não-praticantes" - assim como quem deixou de ir à missa mas dá por si a acompanhar as rezas quando vai a um casamento ou baptizado.
E como se reconhece o fim oficial de uma amizade? Nos namoros ou casamentos há a conversa final entre os envolvidos e/ou os respectivos advogados. Mas...e entre amigos? Como se define o fim do perdão? Quando sabemos que "não dá mais"?
Qual a atitude que, numa amizade, é o equivalente à facadinha nas costas no matrimónio?

6 comentários:

Maria Brandão disse...

esta divagação dá "pano para mangas"...vou pensar nisso e já te respondo :)

A ilha dentro de mim disse...

Efectivamente, a amizade que parece simples por vezes é bem complicada. Já repararam na importância que damos aos amigos de infância? Podem ser os nossos melhores amigos ou apenas uma espécie de primos que raramente vemos, mas a quem toleramos e perdoamos quase tudo. Veradeiros laços de sangue por vezes não suportam tanto. O que diz isto de nós?

Guida disse...

Alguém me disse um dia k podemos ver o carácter de um homem pelo número de amigos de infância k ele mantém...

Maria Brandão disse...

- temos os amigos que queremos
- o que os distingue é o facto de poderes ou não ser tu própria, qd estás com eles
- esforçamo-nos por quem vale a pena e mais se identifica connosco
- o fim de uma amizade é qd deixamos de ter pachorra para ouvir a voz do "amigo" e menos ainda para combinar coisas com ele
- às vezes, pode ocorrer uma conversa final, mas mais simples pq não é preciso pagar a um advogado (já me aconteceu e ainda bem)
- deixamos de perdoar e sabemos que não dá mais qd essa pessoa nos irrita tanto, tanto, tanto q só temos vontade de a esganar
- as facadinhas podem ser muito relativas, dependendo das pessoas, mas alguém que procura sistematicamente humilhar e/ou julgar o amigo deve levar um bom pontapé no traseiro

rita disse...

lamento não ter resposta para questões existenciais profundas, mas garanto que o conceito de "amizade não praticante" acabou de entrar para a minha lista de preferidos.
a devida vénia.

mb|Weblog disse...

Como este me parece um post sério, vou deixar um comentário igualmente sério.
No que respeita à amizade, tal como em muitas outras coisas boas da vida, penso que vale sempre o esforço por mantê-la saudável, desde que a nossa consciência assim o recomende.