Andar por estes dias como um dondoca pouco esclarecida, fixada nas decisões domésticas e humores do marido.
Faço o jantar e planeio o almoço enquanto conto calorias, arrasto-me para uma caminhada à beira-mar que disfarce a preguiça de ir ao ginásio, lavo roupa e arrumo armários, dou um toque de bricolage e planeio a nova casa de banho (que, com toda a certeza muito dará que falar por aqui).
Estou a um passo de me resumir a ver a casa dos segredos porque desconfio que seria mais fácil do que me dedicar à empreitada de terminar A Abadia Profanada, livro da minha mesinha de cabeceira há mais tempo do que consigo admitir.
O melhor será procurar um vestido comprido e sentar-me a bordar - talvez assim me consiga sentir personagem de Jane Austen...é que, naquele tempo em que o correio se fazia de barco a vapor e a cavalo, a paciência era uma arte cultivada desde tenra idade.
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