terça-feira, 24 de maio de 2011
Feliz aniversário para Ms. LaBelle.
Apesar de já me terem perguntado "quando é que arranjas um trabalho a sério?", eu acho que o meu trabalho é muito sério.
Não digo que não seja agradável (pois claro que é), mas acho que é muito sério termos consciência da música que nos rodeia: o que nos faz sentir, o modo como nos "classifica" perante os outros, o que nos leva a dizer que faz parte da minha/nossa banda sonora, que relação tem (ou não) com todos os nossos outros gostos (gostar de Mudvayne não me faz fã de filmes de terror; gostar de Lamb of God não é sinónimo de ter 15 anos e escrever com erros ortográficos).
Adiante.
O gosto não se discute? Talvez não, mas pode-se explicar. Há música que aprecio hoje porque me vi obrigada a compreender. Há música que não quero em casa mas que anda todos os dias na minha mala dos discos. Há música que, no fundo, não interessa se nos cai no ouvido ou não, porque o seu significado ultrapassa tudo (ou alguém desconhece a Grândola, Vila Morena apenas por não curtir aquela onda?).
Se não fosse tudo isto, eu não saberia o que faz esta velhota no video acima. Sabendo, posso meditar numa frase do género aquela é feita de rock &roll. E fazer-lhe a devida vénia.
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