Para quem tem a minha vida, um dos marcos do ano foi, sem dúvida, a canção que a prestigiada revista Rolling Stone elegeu como a melhor de 2008: de Beyoncé, "All the Single Ladies". Juro que me pareceu ouvir muito boa gente a espumar de raiva. Porque é pop, mainstream, porque não é alternativo mas é vagamente apimbalhado, porque Beyoncé vem de uma girls band, enfim, por 1001 razões.
Num ano em que regressam os AC/DC, os (supostos) Guns n´Roses. Em que Madonna e os Coldplay (candidatos do costume) têm discos frescos. Beck. The Killers. A nova Leona Lewis que tantas canelas faz tremer conforme apalpa as maminhas e cantarola "keep bleeding love". Gnarls Barkley. Kings of Leon. The Raconteurs. Sigur Ros.
Enfim, havia tanto por onde escolher: da pop consagrada ao alternativo.
E along comes Beyoncé.
Com a fórmula do costume. Nada de experimentalismos, riffs elaborados, sonoridades rebuscadas. Letras profundas. Intelectualismos.
Apenas o estilo pelo qual é conhecida: all the single ladies, la la la, abana, abana, mostra o decote, la la la, all the single ladies, lambe a beiça e faz beicinho, revira as nalgas. E toma. Arrecada. Mais um milhãozinho ou dois. E o veredicto da crítica especializada: a melhor canção de 2008.
Será que Beyoncé é tão mainstream que se tornou realmente...alternativa?
Achei muita graça.
2 comentários:
O que um bom par de maminhas e um rabiosque atrevido conseguem. Tal como a inteligência dos jogadores de futebol está nos pés nas mulheres avantajadas está no bumbum e nos melões...
É a vida...
Parece uma cantora de tuperware... linha XXI.
N.C.
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