Vaga sobre vaga do meu mar
Subir, planar, voar, vencer
Chegar ao cume
E navegar pelo teu corpo
E naufragar nas vagas do ciúme
Soçobrar, cair e aportar nuns braços que me apertam
(Fogo e lume)
Repleto de sensualidade, o poema de Aníbal Raposo nasceu com dono. Ou talvez seja mais verdadeiro dizer que nasceu com dona, já que foi direitinho para a música dos Connection.
Mário Cabral e Sílvio Ferreira jogam na sonoridade do cancioneiro português (com direito a guitarra portuguesa cosida com o teclado electrónico) e Aníbal Raposo mostra que o amor, o ciúme e o mar não são apenas temas românticos e ilhéus, mas também urbanos e verdadeiramente universais.
E, quem diz amor, diz paixão, diz sexo, e diz esse maldito sentido de desespero chamado ciúme - que nos morde de modo particularmente voraz quando nos convencemos que um corpo, por ter
sido nosso um dia, ou uma noite, ou uma vez, passa a ser um bocadinho nosso.
Um comentário:
Já tinha saudades....
Bj
Cat
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