quinta-feira, 23 de maio de 2013

Conhecem aquele "patum" típico de quando alguém nos bate por trás no carro?
Eu já o conhecia mas tive a memória avivada um dia destes.
O mais estranho era não conseguir ver ninguém. Estiquei-me a espreitar pelo retrovisor, voltei-me o máximo que o cinto de segurança permitiu, mas continuava sem ver carro nenhum.
Finalmente fez-se luz. Não era um carro, mas uma mota. O rapazinho (não tinha 17 anos, parece-me), parou ao lado da minha janela e lá disse:
- Oh senhora, não fez nada no seu carro...bati foi com o braço...
Ainda quis saber se o rapaz estava bem, se tinha dores, se não se teria magoado...mas olhando bem para a cor rosada das faces que o capacete deixava ver, percebi que a mágoa lhe estava era no orgulho.
Been there, done that.
Ainda estive para partilhar com ele a minha filosofia de motard falhada: a vantagem é que, com o capacete, ninguém sabe quem somos quando fazemos essas figurinhas tristes.

Nenhum comentário: