terça-feira, 14 de maio de 2013

Sobre o filme Anna Karenina

Chatíssimo.

A estratégia de realização é interessante, o guarda-roupa é fabuloso e o sufoco social parece-me bem representado.
Jude Law safa-se mesmo com aquele mau aspecto e a literal paciência de corno; Matthew Macfadyen é, ao contrário da sonsa da irmã, um adúltero cheio de piada e por quem torcemos por um final feliz.
Quanto à própria Anna, é representada como uma mulherzinha extremamente irritante - para heroína, leva o prémio de não conseguir despertar simpatias nenhumas, e os pombinhos verdadeiros Anna Karenina e Conde Vronsky, quero crer que teriam, com certeza, muito mais química do que Keira Knightley e Aaron Johnson conseguiram transmitir - ali, parecem os amantes mais entediados do mundo - e é dessa química que devia viver o filme, porque daí nasceram a história, o crime e a loucura.
Dois amantes sem desejo animal e puro é coisa com que não se pode.

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