sábado, 27 de setembro de 2008

1925/2008


"Boicote simbólico"

Li, há tempos, um forward que falava do disparate que é apelar ao "boicote às gasolineiras". Se não ponho gasolina hoje, é porque fui pôr ontem ou vou pôr amanhã.
Se apelassem a "use os transportes públicos ou vá a pé ou peça boleia durante uma semana inteira" eu até poderia acreditar que haveria uma redução (se bem que temporária) no gasto de gasolina feito pelo consumidor, logo, do combustível comprado.

Assim, nestes termos, é apenas uma questão de "deixe para amanhã o que poderia fazer hoje".

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Já viram o video?

...ver a candidata a v.p. dos eua como devota de uma igreja conhecida por perseguir feiticeiras...(feiticeiras!!!! meus amigos, isso mesmo!!!!)...só me apetece roubar uma etiqueta a um blogue que costumo visitar que é a desculpe, importa-se de repetir?

New Kids on the Block

Cada vez que leio uma notícia sobre o seu regresso, fico claramente dividida entre rir ou chorar.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Time goes by...

Tinha duas coisas para fazer quando saí do trabalho: ir à tv cabo cancelar a minha assinatura e marcar a inspecção do carro.
Fui primeiro à tv cabo. Quando tirei a minha senha vi que faltava muito para chegar à minha vez.
Saí.
Desci a rua. Entrei no trabalho.
Procurei a minha chefe, encontrei-a e dei-lhe um recado de que me tinha esquecido.
Peguei no carro e atravessei meia cidade (às cinco e tal da tarde). Cheguei ao centro de inspecções. Esperei pela minha vez. Marquei a data. Voltei a atravessar a cidade (ainda em plena hora de ponta).
Entrei novamente na tv cabo.

Faltavam 3 números para a minha vez.


P.S. Em abono da verdade, a funcionária da tv cabo pediu-me desculpa pela demora. Deviam ter visto a cara dela quando respondi: "Não faz mal, até me deu jeito."

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Meter realmente água

- Bom dia caro colega! Com que então já voltaste de férias hã? Rica vida a tua que passaste o Verão todo fora! E que tal, como é que foram essas férias? -
- Foram boas. Agora só falta esperar pelo corpo do meu irmão.
- Desculpa...o corpo do teu irmão?...- comecei a pestanejar.
- Sim! Da câmara frigorífica!
- NNnnnnão estou a perceber...- gaguejei eu
- Sim. O meu irmão foi assassinado. Não soubeste?
- er...não, não soube de nada. Quando é que libertam o corpo? - não me ocorreu outra pergunta.
- Amanhã.
- Ah.

sábado, 20 de setembro de 2008

Acordar cedo ao sábado

Decidi, claro, ir ao supermercado.

Pelo caminho vejo, à minha frente, uma mulher com um andar apressado. É muito loira, o top cor de rosa é demasiado justo e vai-lhe subindo pelo corpo, deixando à vista uma tatuagem sobre os rins. De repente, a loira levanta o braço e cheira o próprio sovaco. Depois atravessa a rua e segue a sua vida.

Feitas as compras, vou pagar. À minha frente, uma senhora de idade vai ouvindo os conselhos da menina do caixa que lhe diz que o melhor é ir ao mercado comprar a salsa que ali está muito cara.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Mamma Mia


Já não sei bem se sou ou não uma pessoa de musicais.

Eu achei o Moulin Rouge horrível (uma desgraçada que tem que dormir com o asqueroso mau da fita para salvar os amigos e, no fim, morre tuberculosa? Please!).

Não achei piada nenhuma ao Fantasma da Ópera (achei sequioso).


Por outro lado, vi montes de vezes Música no Coração (que, há alguns anos, dava todos os Natais e, além disso, estava gravado numa cassete Beta lá de casa). O diacho do filme é mesmo lindo.

Também gostei do Chicago: bom humor, energia, maldade e ironia q.b.


E desde ontem que sou oficialmente fã do Mamma Mia. Meryl Streep é realmente uma Senhora. Uma estrela de Hollywood com tudo o que isso pode trazer de bom.

Julie Walters é o máximo. Christine Baranski não tem explicação possível.

Stellan Skarsgard e Pierce Brosnan não têm papéis muito exigentes (mas olhem que o Pierce canta!!!). O Colin Firth está sempre o máximo em tudo o que faz.


Todo o filme é feito numa cadência de energia e ritmo impecáveis.

O enredo é simpático, sem lamechices nem desenvolvimentos demasiado óbvios.


Abba rocks!!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

28 Julho 1943 - 15 Setembro 2008


Rick Wright.
Teclas, voz ocasional e membro fundador de uma pequena banda chamada Pink Floyd, que escreveu cançõezinhas como Us & Them.

(Ouvimos rios de Pink Floyd (e também de Super Tramp) enquanto crescíamos, nós as 3, sempre em 2 motas (tua ias ou com uma, ou com outra), em viagem para casa depois das aulas. A roupa ia para a máquina de secar e sentávamos-nos as 3 no sofá, debaixo da manta, em cuecas, com uma chávena de chá, a falar das nossas vidas de adolescente e a ouvir os vinis a rodar até serem horas de ir cada uma para a sua respectiva casa. Há amizades que se forjam, assim, com direito a banda sonora.)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

tic tac tic tac: a hora M

Bem gostava de vos dizer que valeu a pena a pequena fortuna que gastei para assistir ao espectáculo da rainha da pop, mas não posso.
Para começar, as quase duas horas que passei na fila para entrar tiram a pica a qualquer um. E quando, finalmente, já conseguia ver o portão de entrada, comecei também a ouvir a Robyn. Ainda não eram oito - hora marcada para o início. Quando finalmente entrei, já a sueca perguntava: "are you ready for Madonna?". Ao contrário do que acontece em Ponta Delgada, ontem à noite não vi sueca nenhuma.
-OK - pensámos nós. "Vamos comer qualquer coisa que estas duas horas na fila gastaram o lanche que comemos antes de vir". E lá marchei em direcção às tascas, mesmo a tempo de arrebatar o ÚLTIMO pacote de batatas fritas. Dividido por mim e pelas minhas duas amigas, foi um fausto jantar. O que nos valeu foi a promoção da nestlé que distribuiu pacotes de cereais à entrada.
Bom, mas o que interessa agora é apanhar a Madonna.
...
A bela vista, com 75 mil pessoas empenhadas em ver um espectáculo que decorre num palco com dois palmos de altura, não é tarefa fácil.
Desisti rapidamente de ver o palco. Demasiado baixos - o palco, e eu que não conseguia ver sobre as cabeças daquela gente grande. E também o terreno com todos os declives, buracos e etc...

Contentei-me em olhar para um dos écrãs - o que acabou por se revelar a melhor opção, já que cada vez que a moçoila ia mudar de roupa espetava-nos com um video para nos entreter.

E a roupa? Pff. A minha tia da América mandava-me umas coisas mais engraçadas nas sacas de há uns anos. Não apareceu UMA fatiota minimamente comparável ao que vemos noutros espectáculos ao vivo da senhora. Parecia que tinha trazido o guarda-roupa B.

E a música? - perguntam vocês. Soube-me a pouco. Muito pouco.
Like a prayer surgiu com uma grande pica, sem dúvida; o mix vogue & 4 minutes teve piada, como também teve piada a muito ligeira inclusão do tic tac de 4 minutes no relógio de Hung Up. Permite manter presente que aquela é a digressão de Hard Candy.
La Isla Bonita é, na minha opinião, uma das piores canções da História da música, mas, neste ponto, reconheço que o problema é meu, já que cerca de 74.746 pessoas ficaram histéricas nessa parte.
Como não quero ser bota-abaixo, digo já que percebo perfeitamente que Madonna já não tenha paciência de cantar Papa don´t preach; Holiday; Like a Virgin; Crazy for you nem outras velharias do género, porque já as anda a cantar há...bué de anos.
E também percebo que não cante muita coisa de Confessions on the Dancefloor, uma vez que isso apenas serviria para acentuar as diferenças abissais entre esse grande disco (sem ironia) e esta demo actual.
E até percebo que já não cante muito. É verdade. Se alguém se tiver dado ao trabalho de contabilizar o tempo de concerto versus o tempo que Madonna realmente cantou, que me envie os dados por favor - tenho a certeza que a diferença foi considerável.
A mim o espectáculo pareceu-me apenas um monumento à sua boa-forma física. Suficiente para dançar mas não para articular voz & dança.
Se o último álbum revela preguiça criativa, o video de Give it to Me, por ex., parece viver de todos os videos feitos antes dele. E o espectáculo ao vivo parece viver de partes de uma carreira longa - não necessariamente as melhores.

domingo, 14 de setembro de 2008

Perfect Housewives


Há uns anos atrás, achava muito estranho que a minha colega de casa se desse ao trabalho de dobrar a roupa suja antes de a pôr para lavar.

Hoje fiquei pasmada a olhar para outra amiga que ia tirando a roupa da máquina de lavar: tirava uma peça, dobrava-a e punha-a num cesto. E depois agarrou no cesto e foi estender a roupa.


Nós, que pomos a roupa suja ao monte e fazemos outro monte com a limpa que vamos estender. SOMOS UMAS BADALHOCAS!!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Crescer

Cada vez que olho para os joelhos dos meus sobrinhos, lembro-me de mais uma vantagem de crescer: não tropeçar tantas vezes.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

What the...?

Hoje fui à freguesia onde nasci visitar os vizinhos que me mudaram as fraldas e limparam as ranhocas.
Conversa puxa conversa e eis que pára mais alguém. Começaram os assuntos do costume em qualquer vila rural que se preze: o meu pai, a minha mãe, irmãos e sobrinhos e então já te casaste e etc. e "nisse" a minha mente começa a deambular...e reparo que à minha frente está uma senhora com 70 e tal anos. Quase não tem dentes. A pele está curtida pelos anos que passou ao sol e ao vento a plantar batatas e a ordenhar vacas. Viúva há 11 anos, continua-se a vestir forrada de preto como manda a tradição: lenço à cabeça, saia & blusa, uma bata, collants e...nos pés, meus senhores, também na exigida cor preta, tinha calçadas umas crocks!!