As maravilhas das tecnologias.

Uma pessoa estaciona num parque pago, mas não se demora quase nada porque vai ali só fazer um recado rápido.
Quando se despacha, vai à máquina de pagamento automático que, muito simpaticamente, diz que não há nada a pagar porque não se gastou tempo suficiente para isso.
Um pessoa vai para o carro, aproxima-se do portão de saída e a máquina que aí está (menos simpática do que a anterior) não deixa sair porque, entretanto, já se ultrapassou (por um minuto) o tempo da borla.
Portanto, uma pessoa vai estacionar outra vez, e volta à máquina, e paga, e volta ao carro e, finalmente, consegue ir à sua rica vidinha. 

Diário das obras em casa.

Depois de ter passado um ror de tempo a explicar ao mestre que os azulejos na parede da cozinha devem ser colocados do seguinte modo:

- as peças que têm de ser cortadas são colocadas em sítios mais escondidos, como atrás da porta, por exemplo
- as peças inteiras são colocadas nos locais mais visíveis

... adivinhem o que é que ele fez?

Ui.

Chamem-me esquisita, mas ir a um médico que tem um dente da frente podre é uma cena pavorosa.

Cansa-me a beleza...

...esta coisa da tosse e dos espirros e das dores de cabeça.
Irra.

Wild thing!!!

Depois de uma semana a levantar às 5 da manhã, hoje acordei antes do despertador - que estava programado para tocar só às 6. Foi uma situação que me surpreendeu bastante porque, ontem, fiz uma cena montes de maluca e radical: quando fui para a cama, já eram, bem à vontade, umas 10 da noite.

Febre e biométricos.

Se há coisa com que eu não me atendo (na vida glamourosa de Menina da Rádio) é com o sistema biométrico.
Pica ponto ou não pica. Se sim, ou se não, porquê e por que não. E onde foste? E a que horas almoçaste? Não almoçaste? Porquê? Não tiveste tempo? Impossível. Aqui toda a gente almoça.
Não é esse código. É o outro. Espera, aqui já é esse e não o outro.
Não tenho paciência. Mesmo.
Vai daí, de cada vez que tenho de preencher essa tre...cena, a minha colega da secretaria dá-me sempre uma inestimável, preciosa e muito agradecida ajuda.
Hoje, no entanto, acho que estraguei tudo.
Estava ela a explicar-me que "tem de pôr aqui é esta hora e não aquela" quando me deu um ataquezinho de febre. Comecei, portantes, a ficar muito vermelha e transpirada e a senhora, penso eu de que, assustou-se ligeiramente.
Estou, portantes, convencida de que, para a próxima, ela me vai dizer que vá preencher o biométrico para outra freguesia.
Assim, parece-me sensato suborná-la na próxima segunda-feira. Acho que lhe vou trazer um chocolate. Ainda não sei qual. Talvez um Cadbury.

Diário das obras em casa (em III actos).

Em palco: o mestre e a Menina: 
- Pois é, menina. Só encomendou um metro e oitenta e seis de bancada mas isso não vai chegar.
- Oi?
- Não chega. Tem de ter dois metros de bancada.
- Oi?
- Não chega, menina, isso não chega.
(desmaia)
(cai o pano)


No Skype, a Menina e o namorado:
- E a encomenda da Ikea?
- Pois, já a fizemos há 2 semanas...já devia estar por aí.
 (sai de cena)

Sozinha, a Menina ao telefone:
- Tou? É da Ikea? A minha encomenda?
- Vai ser expedida amanhã.
- Oi?
- Amanhã.
(respira)
(um)
(dois)
(três)
(recita o mantra if life gives you lemons make lemonade)

- Fixe. Bota aí mais uma bancada.
(vénia ao público, sai, cai o pano)

Super cool.

É uma menina da rádio apanhar uma bruta constipação e não poder tomar comprimidos nenhuns para além de Panasorbes.

Gwen Stefani - Baby don´t lie: porque há mp3 que dependem de mim

Diário das obras em casa.

Ora vamos lá ver.
Ontem os mestres lá apareceram. Chamaram-me a casa e fizeram 374 perguntas sobre todos os pormenores: aqueles em que eu já tinha pensado e...os outros.
Acrescentaram também que a sanita que chegou não serve e que a base de duche era maior do que a encomendada.
Logo, em vez de ir dormir uma muito desejada sesta, marchei para a loja de materiais de construção. Ia muito calma, uma vez que também trabalho e, portanto, sei que as pessoas às vezes se enganam. Senti, no entanto, as estribeiras a voar quando percebi que a prioridade do pessoal não era resolver-me o problema mas sim sacudir a culpa do capote.
Pois que concerteza eu é que tinha encomendado o material errado.
Ora, por acaso, só por acaso, eu fiz a encomenda com o mestre do outro lado do telefone, precisamente para ter a certeza de que não fazia asneira, portantes, aquela cena irritou-me.
Bom, tudo se resolve.
Com dinheiro, claro.
Evidentemente que eu podia encomendar uma sanita nova e esperar 15 dias que chegasse (o que dá imenso jeito a quem já tem os mestres em casa) ou comprar a que havia na loja. Por mais 74 euros e 15 cêntimos, claro. Tendo em conta que isto acumula com os 90 e tal da primeira sanita....ui, como dizia o outro, é fazer as contas.
Acho que vou cobrar lá em casa pelo uso de tal artigo de luxo.
Pela base de duche não me pediram mais nada, graças aos deuses. Tinha sido só um engano no armazém. E o menino do armazém, sem dúvida para me compensar do incómodo, sugeriu, muito simpaticamente, que eu mesma, em vez de esperar por nova entrega (que é uma coisa que dá muito trabalho), carregasse, eu própria, o material no carro e que fosse a gemer até casa com uma sanita debaixo de um braço e uma base de duche debaixo do outro.
Comecei logo a recitar mantras de yoga, mas acho melhor pedir à professora que me ensine uns mais poderosos.

É que até me custa a crer...

...que seja a mesma pessoa.

Não é?
Mais parece que foram buscar alguém (vagamente) parecido com a moça e que agora dizem que é ela mas que se encheu de botox e foi à faca - no caso, seria à serra eléctrica. O que mais me impressiona são os olhos que, se antes eram achinesados, agora parecem enormes.

Guess what?

Os mestres não apareceram.

É hoje.

É hoje que começa mais uma série de obras lá em casa.
Deus me ajude.
Entretanto, se eu fosse uma blogger atinada, mostrava umas fotos do meu jantar de aniversário mas não sou.
Até porque não tirei uma única.
Nem uma.

A vida glamourosa de uma Menina da Rádio.

A Menina da Rádio acha fantástico levantar o traseiro da cama às 5 da manhã. Especialmente depois de uma noite de ventania como foi a última, a acordar de 30 em 30 minutos com mais uma rajada que parecia quebrar as janelas. O que me leva a outra meditação: é incrível como dois apartamentos, que até são no mesmo andar do mesmo prédio, possam ser tão diferentes em termos do abrigo em relação ao mau tempo. O meu, percebo-o agora, é um verdadeiro sossego. Este onde estou temporariamente, nem por isso.

Da incompreensão da desgraça alheia.

Quando cheguei ao trabalho, partilhei com uma colega a desgraça de que me tinha apercebido esta manhã: duas peças de roupa arruinadas por um toque de lixívia.
O homem de serviço, ouvindo a conversa e tentado a mostrar a sua solidariedade, resolveu perguntar:
- E a lixívia não sai?

Silêncio absoluto na sala. Ficámos as duas especadas a olhar para aquele (embora simpático) extraterrestre e replicámos:
- Não tínhamos dito que era uma conversa de gajas? Não és tu que tratas da roupa lá em casa, pois não? Não repitas isso à frente de mais ninguém, tah?

Felizes de vós...

...que sois livres de passar as vossas vidas sem saber quem é o Snoop Dog.

Go girl.

Ainda é raro ver uma mulher com mais de 60 cheia de power e com um puto pelo braço que não seja o neto, mas Susan Sarandon não é uma mulher qualquer e não me admirava nada descobrir um dia que este namorado de trinta e tal anos não tinha, afinal, pica suficiente para ela.

More power to you.

Eu cá como, mas....

http://visao.sapo.pt/o-que-ha-afinal-num-big-mac=f798246#ixzz3G7IrGGv9

Sim, eu cá como no Mac, mas sejamos realistas: a empresa não ia propriamente mostrar a uma reportagem de televisão minhocas a serem misturadas na carne, né?

PDI

Esta coisa de tomar uns copos à sexta-feira e não estar pronta para outra no sábado faz-me pensar que a minha pica, realmente, já não é o que era.
Além disso, o meu apartamento temporário ainda tem tudo aos montes e quando finalmente estiver habitável já estará (espero eu) na altura de mudar tudo outra vez.
Além disso, o homem foi-se embora ontem e o ninho vazio é deprimente.
Além disso, estou quase a fazer trint...quero dizer, vinte e oito anos.

Começando bem.

Com as obras marcadas para a segunda-feira já andava, como é natural, preocupada com todas as chatices que se adivinham nas discussões com os mestres, mas afinal eles já avisaram que no dia combinado não põem lá os pés, portanto, está, para já resolvido.

Qual Yoga.

O verdadeiro exercício faz-se quando decidimos ter um dia inteiro reservado para mudar de casa: isso mesmo, mudar tudo num dia só.
É verdade que me mudei para um apartamento no mesmo prédio e, por acaso, até foi no mesmo piso. E que os senhores da 1001 serviços foram lá ajudar. E que ontem não fizemos tudo, tudo. Pronto, é verdade. Mas doem-me cenas. Os pés, as pernas, os braços.

Etiqueta de rua

É tramado veres na rua uma amiga com quem já não estás há algum tempo e, quando lhe gritas:
- Olá, olá, bons olhos te vejam!!!!!!!!!
percebes que, mesmo por trás dela, está a passar uma outra pessoa, que conheces vagamente porque têm amigos em comum e que, por estranho que lhe parecesse, ficou convencida que aquele cumprimento efusivo era para ela.
Decide, portanto, ser simpática e retribuir da mesma moeda, e tu ficas sem saber o que fazer - queres cumprimentar a tua amiga, mas não queres ser rude com a conhecida e enquanto ambas avançam na tua direcção, percebes que não fará muito sentido abraçar as duas ao mesmo tempo.

Isto sim...

...faz milagres pela auto-estima da mulher comum: afinal, até as celebridades que aparecem perfeitas em público, recorrem a pequenos truques para melhorar a coisa. E nem sempre são truques que custam balúrdios, mas pequenas coisas acessíveis a qualquer uma.

Ninguém morre on line.

É uma cena um pouco estranha. O meu amigo já morreu há uns anos, mas a sua página de facebook continua activa e lembra-nos que hoje é o seu aniversário. Não sou capaz de lhe deixar no mural mensagens como "parabéns...estejas onde estiveres" mas, por outro lado, não deixo de passar por lá e tirar um minuto para recordar um pouco da nossa história, incluindo a última vez em que o vi. Sem suspeitar, claro, nem eu nem ninguém, que naquela cabecinha sempre a inventar disparates para nos fazer rir, já estava a maldita bolinha que o levaria cedo demais.
Não sei muito bem onde quero chegar com este post. A lado nenhum, talvez. Estou apenas a divagar, recordando uma das pessoas que fez (faz) parte da minha vida.
Obrigada por me deixarem partilhar.

Cenas anti-fashionistas

Depois da ditadura das magricelas no mundo da moda...

caímos na contra-corrente das modelos plus size...

Para quando, meus senhores, para quando, pergunto eu, a moda das mulheres de tamanho médio? Como eu, que nem sou pau de virar tripas nem sou gorducha...sou apenas - Deus me ajude - uma mulher fora dos extremos?

Por incrível que pareça...

... vou fazer obras em casa. Again. Não devo ser boa da cabeça.

Uma pergunta.

Quando um artista desenvolve um trabalho anunciado como um modo de mexer com/alterar/destruir estereótipos preconceituosos, não estará, também ele, a laborar no preconceito que é a sua percepção dos preconceitos dos outros?