Na vida, as crises fazem-nos pensar e ter grandes conversas filosóficas. Numa das minhas mais recentes, colocou-se a questão: se pudessemos medir os afectos em percentagens exactas, a que conclusões chegaríamos?
Seriam as respostas surpreendentes? As amizades mais antigas, por exemplo, seriam as correspondentes a uma maior entrega por parte de cada um? Ou, pelo contrário, chegaríamos à conclusão que aquela amiga de infância apenas nos dá 9%? E quem sabe se aquela nova colega no emprego se esforça muito mais do que alguma vez poderíamos supôr?
E, com base nesses dados, que alterações faríamos na nossa vida?
Vejamos:
a) Tu, que dás apenas 50% do que tens, fazes-me feliz.
b) Tu, que me dás 100% deixas-me insatisfeita.
Que opção deveríamos, então, tomar?
Deveríamos medir os nossos afectos pelo satisfação directa que nos dão, ou pelo esforço que implicam da parte de outro?
5 comentários:
Eu acho que esse é o mal dos afectos, do amor, das relações pessoais em geral, é apenas pensar naquilo que NOS DÃO.
Com este espirito cada vez mais egoista e individualista da sociedade de hoje, é fácil que os laços que nos unem sejam mais precários, uma vez que apenas pensamos neles do ponto de vista do nosso umbigo.
volta a ler o q escreveste e vê se o texto não te traduz um ponto de vista egoista.
Isto não é uma critica, tou apenas a usar o teu texto como forma de provar que AMOR, AMIZADE, e outros tantos publicitados como sentimentos lindos, são na minha opinião, nada mais, nada menos do que meras formas de prazer egoista. Pq qdo os procuramos, nao procuramos dar prazer, mas sim, absorver o máximo de prazer, contabilizado na tua hipotética percentagem.
Cumps.
Agente do Tempo
É a eterna questão: damos amor, amizade, etc porque gostamos mesmo dos outros ou porque precisamos disso para alimentarmos o nosso ego e nos sentirmos melhores pessoas?
Se implicar esforço, o afecto não é verdadeiro :)
Não vou comentar a questão que colocas porque os comentários anteriores dizem tudo o que eu poderia também dizer. Vou comentar apenas o post em si: os posts escritos tendo por base sentimentos genuínos e pessoais são, na maior parte dos casos, os melhores.
... que conversas.. e que crises..
O comentário do Agente do Tempo é verdd (tb falámos nisso).Somos interesseiros e egoístas, mmo nas relações mais simples. Faz parte da natureza da maioria dos humanos querer receber. Até no acto de dar, encontramos prazer. Como no acto de DAR um beijo!! Ao dar, estamos a receber (bem, a maioria das vezes.. hehe). Mas, felizmente, a vida não é só números e percentagens.. é mto mais. e por isso vale sp a pena. mmo qdo corre mal e pensamos q ficámos com SALDO Negativo na "conta corrente dos sentimentos".. do amor e da amizade.. às vezes passamos de milionários a mendigos! LOL
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