segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Datas.

Já passaram 11 anos da morte da minha mãe.
11 anos precisamente hoje, e até foi numa segunda- feira. A vida segue? Pois segue. Mas não é coisa que se "ultrapasse", como se costuma dizer. Uma pessoa quando "ultrapassa" (como se costuma dizer), acho eu, que quer dizer que quase não volta a pensar num assunto qualquer. Nos nossos pais, nunca deixamos de pensar. Aprendemos a viver sem eles, isso sim. Mas não "ultrapassamos" (como se costuma dizer). Custa viver sem eles? Custa. Ainda dói? Dói.
Mas prefiro conviver com essa dor que está sempre aqui, num cantinho do peito e nunca, nunca "ultrapassar" (como se costuma dizer).

Nenhum comentário: