Se eu largar eu sinto a sua falta
Se agarrar ela perde a cor
Ela não é dos meus dedos
É dos meus dedos
E faço-me passar por uma flor
A mim parece-me que Manuel Cruz põe o dedo na ferida. É um tema recorrente na música e na poesia (a parte da poesia é palpite meu porque é coisa que não leio) esta questão de não querermos agarrar alguém por sabermos que quererá fugir...e de não querermos deixar escapar porque a queremos ali bem debaixo do nosso braço onde a possamos sufocar à vontadinha.
E também é verdade que nos fazemos de flor - cheirosinhos e bonitinhos e engraçadinhos e lavadinhos nos primeiros tempos da sedução porque (embora todos a queiram comer) ninguém quer ser a couve-flor.
A moral da história é que desde que alguém escreveu aquela foleirada do if you want something let it free, if it comes back, it´s yours, if it doesn´t, it never was nunca mais se inventou verdade nenhuma.
Um comentário:
como esquecer richard bach colado na porta de uma certa prof do dllm da uaç...nunca mais fomos as mesmas. de resto, o diabo tem razão e tu tb :D
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