Diário das obras: let there be light.

E a fluorescente para a cozinha? perguntam-me vocês, muitíssimo aborrecidos por não ter havido actualização de notícias a esse propósito.
Meus queridos: sabem perfeitamente que sempre - sempre - que eu faço alguma coisa em termos de iluminação, partilho convosco a boa-nova. Neste caso, porém, lamento informar que pus a velha no lugar habitual, e lá há-de continuar até novas ordens.

Perdão.

Peço perdão pela ausência mas o motivo é de valor: estou, finalmente, de mudança para a minha casa. Sim, há pó por todo o lado, caixotes em cada canto e o mestre já avisou que ainda volta para terminar "duas ou três coisinhas" mas o mais importante é isto: home sweet home.

Porque há mp3 que dependem de mim.

http://music.meo.pt/album/cadeira-elactrica-DLmOSdSVMX8qCYcRkcpF2g

A inveja é uma coisa feia.

Como ser humano recheado de defeitos, não sou imune à inveja.
E tenho uma certa inveja dos blogues que, claramente, ganham uns trocos com publicidade directa ou indirecta a uma série de produtos.
Com franqueza, não me importava de ter a mesma oportunidade (para isso, claro, convinha ter um blogue com mais do que 2 visitantes por dia).
No entanto, aborrece-me que alguns desses blogues estejam a deixar de ser locais divertidos e interessantes para se transformarem numa montra publicitária, ou de product placement, ou outra coisa do género, perdendo aquele tchan que me fazia ir lá todos os dias.
Compreendo que há malta que vive daquilo, que tem uma série de part-times para pagar as contas e que e o blogue é um deles.
Também compreendo que a malta da publicidade tem de puxar pela imaginação (até porque, com o advento das gravações automáticas, o público tem, cada vez mais, a oportunidade de ignorar a publicidade na televisão).
Acima de tudo, compreendo (ai que estou tão compreensiva hoje) que o blogue deles é o blogue deles e que só vai lá quem quer.
Mas tenho saudades de visitar um blogue com a certeza que iria ler qualquer coisa que me fizesse rir ou sorrir ou pensar ou meditar.

PS1 Como é evidente, acima de tudo, tenho é saudades de estar na minha casa mas, calma, que está quase. 
PS2 Acho bem que ouçam a Antena 1-Açores esta tarde. Não digam que não avisei. 

Diário das obras (just breathe)

Ontem de manhã, quando saía para o trabalho, cruzei-me com o mestre a entrar no meu apartamento. Dei-lhe os bons-dias, desejei-lhe bom trabalho e segui à minha vida.
À tarde, quando fui ver em que paravam as modas no que toca a pendurar armários de cozinha, percebi que não se tinha avançado absolutamente nada.
Nicles.
Estava tudo igual ao dia anterior.

Mas que diabo...? Será que o mestre se sentiu mal e foi para o hospital? Ele veio esta manhã, porque é que não fez nenhum? 

Claro que telefonei logo ao empreiteiro e claro que ele não me atendeu, e eu insisti e ele continuou sem me atender e nunca me devolveu a chamada. Hoje tentei outra vez e lá sua alteza se dignou atender-me.
Trocando por miúdos, o mestre com quem me cruzei ontem não foi a minha casa fazer mais nada para além de apanhar material de que precisava para ir para...outra obra.

Novas experiências, novos conceitos.

Alinhar em novas experiências leva-nos a redefinir alguns conceitos que, antes, pareciam muito bem assentes.
Agora, durante as aulas de yoga, por exemplo, mudei a minha concepção de "posição confortável" -  em vez de continuar a ser uma cena ao estilo deixa-me estar aqui esparramada no sofá, passou a ser uma coisa deste género:

É claro que, muitas vezes, estas coisas dependem do contexto, não é verdade?
Por exemplo, a posição anterior é especialmente confortável se a outra antes tiver sido (uma tentativa muito patética de atingir a primeira fase de) algo do estilo:

Como é evidente, estou a exagerar um ´cadinho. Quando a instrutora manda fazer esta segunda posição eu começo-me logo a rir até que ela diga que, quem não consegue fazer esta, pode tentar outra coisa qualquer (tipo olhar para os pés com atenção).

Ain´t love grand?

Pelo chat:
- vais às obras hoje?
- yep
- a que horas?
- ao fim da tarde
- gostava de ter um tour pelo skype...sabes....sem ser pelas fotos fantásticas que mandas

Is it me, or does it smell like irony in here?

(not so) happy ending

Como já devem ter percebido, a depressão por não ter ficado com as obras prontas foi de tal ordem que nem consegui abrir o computador. Deitei-me no sofá e  chorei, chorei... ná. Fiquei um pouco desiludida mas claro que a vida continuou, até porque era preciso escolher uma armação para a lâmpada fluorescente da cozinha e, como vocês bem sabem, eu a escolher iluminação é uma cena que dava para um reality show.
Claro que ainda não encontrei nada...mas ainda só fui a 5 lojas.

Diário das obras (últimos capítulos?)

Na última segunda-feira tive a segunda conversa com o mestre:
- Oh Dona Cristina, eu não tenho previsto mandar gente para trabalhar no seu apartamento nos próximos dois dias.
Com uma presença de espírito notável, modéstia à parte, respondi:
- Não há problema nenhum, afinal de contas o senhor só tem de me entregar o apartamento no sábado.
- Oh Dona Cristina, a Dona Cristina quer dizer de sábado a uma semana....
- Não senhor. No próximo sábado.
- Bom...então eu vou-me reorganizar...
 O "próximo sábado" é já amanhã. Tendo em conta o estado em que o apartamento estava ontem, não acho que seja impossível estar tudo pronto amanhã, mas que era preciso que eles dessem muito ao dedo, lá isso era.
Amanhã logo vos digo.

Cadernos da Rádio

https://www.facebook.com/antena1acores/photos/a.465670193525939.1073741832.464554873637471/736742886418667/?type=1&theater

Amanhã temos mais um programa, desta vez com Clímaco Ferreira da Cunha - um homem à moda antiga - no melhor sentido da palavra.

Simpatias.

Fui numa corridinha à Universidade porque tinha de pagar a multa pelo atraso no pagamento das propinas.
Como a multa é de 97 cêntimos e criar uma entidade de pagamento multibanco custa 2 euros e cinquenta, disseram-me que tinha de ir pagar a coisa pessoalmente.
Ora, quando cheguei aos Serviços Académicos, disseram-me que não, que não era ali, que tinha de ser na tesouraria, entre as 9 e as 15h30, e já passava das quatro da tarde.
- Ui...com esse horário vai ser complicado para mim...
- Não há problema menina (adoro que me tratem por menina), se quiser, deixa o dinheiro comigo e eu amanhã pago-lhe isso.
Fiquei siderada com tamanha delicadeza.
Bem sei que anda aí alguém a pensar que sou uma tótó por ter dado dinheiro a uma estranha que, com certeza, vai tomar café e comer um bolo à minha custa, mas eu acredito que não.
Acredito que há gente que é, pura e simplesmente, gente boa.

Para a Catarina.

Costuma assinar os posts cá do burgo como "Cat" e anda retirada porque está na luta contra a legionella.
Sempre tive orgulho em ti mas a coisa agora está um pouco mais exacerbada.
LY.

Quase.

Estou "quase" a conseguir dominar esta nas aulas de yoga:

Diário das obras em casa - FYou

Há 2 dias que não tenho chatices com o mestre.
Talvez seja porque ele, pura e simplesmente, não me atende o telefone nem me retribui as chamadas. Mas, mesmo assim, não deixa de ser um facto: não me chateio com ele há 2 dias.

Diário das obras: é bem feito

É bem feito.
É bem feito.
É bem feito.

Milhares de anos de sabedoria popular por esse mundo fora, uma sabedoria comum e transversal a todos os povos, culturas e até - diria eu - religiões, e tu, armada em...em...em...parvalhona, achaste que ias ser diferente dos outros????????????

Estás enganada, minha cara menina, muito, muito enganada.

Não tinhas nada que falar bem deles porque a verdade é uma e só uma e é incontornável:
os teus mestres são uns estupores iguais aos outros.

Diário das obras em casa - para variar.

Chegou a encomenda da Ikea.
57 volumes.
Verificar 57 volumes...um por um...ui...
Pois venho cá hoje deixar bem claro que os benditos mestres ajudaram imenso nessa (nada simpática) tarefa.
Aliás, quem levou a tarefa a cabo, na realidade, foram eles, e fui eu quem esteve só a dar uma ajuda. Eu bem sei que a vida deles é essa e estão, naturalmente, muito mais habituados a trabalhos desse género do que eu mas, mesmo assim, fiquei impressionada.
Afinal de contas, um deles viu a encomenda on-line aí há umas 3 semanas, durante uns 10 minutos - é impressionante que, passado este tempo todo, ainda se lembrasse de quantos armários são, que medidas têm, onde ficam colocados, que extras foram encomendados, etc, etc.
Thanks mate.

Diário das obras em casa (adivinha)

Mais uma adivinha.
Há cinco portas no apartamento.
Uma delas foi pintada recentemente, de modo que, das cinco portas existentes, apenas quatro devem ser pintadas de fresco.
Adivinhem por qual das cinco portas o mestre decidiu começar a lixar?

Glossário de madrasta

Ao que parece, numa troca de sms com adolescentes, colocar um ponto final numa frase é sinónimo de má disposição, de se estar chateado ou aborrecido com qualquer coisa.

Diário das obras em casa.

- Ó mestre, diga-me uma coisa...ainda dá para assentar mais uma fiada de azulejos aqui deste lado?
- Dá sim senhora.
- Hum. Então eu vou pensar nisso. Mas o senhor não faça ainda nada! Vou pensar se quero pôr ou não e depois digo-lhe, tá bem? Não faça nada!
- Sim senhora.
(suspiro)
Nem sei se vale a pena contar o resto da história porque é tão, tão óbvio...é claro que, no dia a seguir, o homem achou que sim, que devia ter iniciativa ou o raio e assentou o dito azulejo sem que eu lhe dissesse para o fazer. Shame on me, obviamente. Não tenho nada que abrir a boca senão para dar ordens aos gritos.

Porque há mp3 que dependem de mim

Do coração.

Hoje o meu coração está negro e cheira a podre.
A podre, não. A estragado...ou talvez só a mofo, que é o que acontece ao que fica guardado muito tempo.
Vou pô-lo a arejar, talvez ajude.