Desde os meus 15 ou 16 anos que penso nos 30. É uma idade fascinante: ainda somos, realmente, novos, mas já não (tão) inconscientes (de modo geral) e, quando a insconciência impera, já nos conseguimos desenvencilhar sem demasiado pânico - em parte porque, ao longo dos anos, peneirámos as amizades tão refinadamente que sabemos exactamente para onde olhar em tempos de aflição.
Imaginava eu (do topo dos meus 15 ou 16 anos) que, aos 30, seria:
- alta
- com mamas grandes
- com uma pele fantástica
- teria a profissão de sonho
- a minha vida seria, em suma, digna de filme.
Nunca (do topo dos meus 15 ou 16 anos), me ocorreu que, aos 32:
- já não teria mãe
- já não teria pai
- também não pensava que não cresceria nem mais um centímetro
- nem que as minhas mamas já tinham dado tudo o que tinham para dar
- e que a minha pele, além de ainda ter alguns resquícios da acne da adolescência, começaria a apresentar as primeiras rugas.
Mas tenho uma profissão de sonho na área com que sempre sonhei.
Além dos meus irmãos (que são, sem sombra de dúvida, os melhores do mundo), tenho cunhados e 6 sobrinhos de sangue
+ 1 sobrinho por afinidade
+ 1 afilhado
+ 1 sobrinha por afinidade
e os meus amigos. e ainda os meus Amigos.
E até tenho a sorte de ter alguns colegas de trabalho de quem gosto mesmo. E com quem até gosto de me cruzar na rua. E até há 2 ou 3 que são um verdadeiro combinado de amizade e trabalho.
A vida é bela. Mesmo quando nem por isso.