terça-feira, 29 de abril de 2008



Ando um pouco triste com a música. A nível profissional sinto-me entalada entre algumas circunstâncias.

Por um lado, vemos os "críticos" histericamente à procura de uma nova Amy Winehouse. Não percebo. Para que é que queremos uma nova A.W.? Aquela não chega? Até ver, ainda está viva, e isto significa que continua viva a nível musical. Para já, não é preciso outra.

O que ela fez foi abrir as vias para um regresso da música soul que possa atingir gerações mais novas que, habitualmente, passam ao lado do que não seja rock, hip hop, tecno, transe e (para os do meu tempo) grunge.

Mas o estilo de vida radical de Winehouse ( a começar pelo nome e a terminar no cabelo) faz Keith Richards parecer um homem apenas ligeiramente wild. E depois de se chamar as atenções para a artista, acaba por se ouvir a sua música e acaba por se gostar e acaba por se ouvir outros artistas do mesmo género...e é aí que entram as Adeles, Duffys, Macdonalds e Kates.

Não digo com isto que a música de A.W. seja pioneira. Nada disso. Nem sequer significa um regresso da soul - esse já tinha começado com Joss Stone e John Legend. Mas Winehouse tornou-a cool.


Por outro lado, temos o fenómeno Timbaland.

Achei bem enquanto ele trabalhou Nelly Furtado, Justin Timberlake, Keri Hilson, Ludacris, Jay Z. Mas quando Madonna lança um disco e eu penso: "quaquer artista poderia ter feito isto, não precisava ter sido a "Rainha da Pop"" ... "Qualquer artista" quer dizer, qualquer artista com a produção de Timbaland. O mesmo não se pode dizer de "Confessions on the Dancefloor" - mais ninguém poderia ter feito "Hung Up"... apenas Madonna.

Receio que Timbaland esteja a transformar alguns músicos em preguiçosos...desde que tenham dinheiro para lhe pagar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tenho dedicado algum tempo a ouvir as músicas de Amy Winehouse. Ela tem carisma, potencial e um belo futuro no mundo da música. Se tiver juízo.

Queres uma sugestão para o scanner? A resposta está lá.