Ho Ho Ho!

Encontrou-se.

Devolve-se a quem fizer prova de propriedade.

Era, era.

Nesta altura, seria belíssimo curar isto.

Os sapos.

Ou a arte de bem engolir.

Richard Dean Anderson

Às vezes odeio a internet.

Uma declaraçãozinha de amor.

A vida seria muito mais fácil se, se e se.

Não sei é se seria such a ride.

Ou:
Easy is for suckers.

Dos anúncios pessoais.

Perante frases como:

Travesty, cara linda, peitos enormes.
Luso brasileira, furacão de mulher.
Muito quente e apetitosa.
Sexy, elegante, alto nível.

...penso que concordarão comigo se disser que se impõe a questão: esta malta escreve os seus próprios anúncios ou tem, suponhamos, uma equipa de criativos à disposição?

(E, principalmente: que raios quererá dizer Uma verdadeira brasa,completíssima ?)

De 2011.

Ando às voltas com a selecção dos discos mais marcantes de 2011.
Agradeço sugestões.

Aviar prendas de Natal.

Destes já foram 4.
Daqui foi só um.
E ainda falta um assim.
Ah!
Quase me esquecia destas!

Be careful...

...with what you wish for.
You just might get it.

FARTA

De gente tola.
De brincadeiras que não têm piada.
De idiotas que dão palpite no que não lhes diz respeito e se admiram imenso que ninguém lhes dê importância.
De ser agarrada por pessoas de quem não gosto.
De continuar a ser agarrada por pessoas de quem eu não gosto apesar de já as ter sacudido.
De pessoas de quem eu não gosto publicarem merdas no meu mural.
De homens que se lavam em perfume e insistem em dar beijinhos, deixando-nos a tresandar àquele cheiro fétido.

Unhas de gel & Companhia

"UNHAS DE GEL E DE ACRILICO DE 30€ A 35€; DEPILAÇAO COMPLETA SÓ 21€ (MES DE dezembro);MADEIXAS PRATA+CORTE+BRUSHING 45€; BRUSHING CABELO LONGO SÓ 10€"

Depois de ter topado com esta promoção fantástica, considerei por um momento mudar de esteticista. Mas, entretanto, lembrei-me: a minha actual esteticista não fala.
Não há brushing que pague esse fenómeno.

Na Casa d'Este Senhor

Auto intitula-se documentário mas a mim parece-me uma versão satírica de um reality show (como se isto não fosse um pleonasmo). Definições à parte, a percepção das personagens é um pormenor que me interessa: obviamente que a D.Tuxa é um actor masculino vestido de mulher mas...a personagem propriamente dita é o quê? Um homem que se veste de mulher? Assim sendo, as outras personagens nunca deram por isso? Ou fingem que não percebem? Ou percebem mas, por qualquer motivo, nunca o referem? Ou será a D. Tuxa - personagem - 100% mulher e ponto final?

Seja como for, isto é como um daqueles acidentes: não queremos ver, mas não conseguimos deixar de olhar.

Encomendas.

Aviei hoje a encomenda mais original que já me tinham feito.

A ideia: preparar a banda sonora para uma das cenas de uma peça de teatro.

A pergunta que teria de ser respondida: o que ouviria uma jovem que, no final dos anos 90, tivesse 15 anos e um fraco gosto musical e (ainda) quisesse provocar - com um toque de humor - uma amiga com um gosto mais refinado, a quem caberia a missão de improvisar coreografias para cada uma das cançonetas?

E esta, hein?

A resposta é para conferir aqui.

Verdadinhas.

Uma locutora ligeiramente rouca é como uma mulher ligeiramente grávida.

O fb

Não é que não o soubesse, mas o facebook faz-me ter consciência que a minha família é grande comó caraças.

Como diria o Palma*

Tenho na cabeça um post que relacione as obras no telhado do meu prédio com o facto de eu, apesar de viver no último andar e ouvir distintamente os mestres antes das 8 da manhã, conseguir dormir até às 11.
Porém, o dito post não toma forma, portanto, não o vou escrever.



*essas musas, essas bruxas, roubaram-me a inspiração

Amorzin:

Sei que és o máximo e toda a gente te ama, mas que eu entre no gabinete de um colega de trabalho e ele tenha em exposição uma foto tua parece-me um exagero, tah?

Um facto.

Não há maior I´m over you do que ouvir sem pestanejar a música que já foi a nossa.

Digam-me, por favor.

Se, como alega o vocalista dos Bloc Party (que arranjou maneira de se voltar a falar nele), este video é racista, então o que dizer deste?

Depois de verem o segundo video imaginem que, em vez de Jay Z, Rihanna e Kanye West, eram Justin Timberlake, Britney Spears e Chris Martin, todos vestidinhos de branco a cantar "all white, all white". Cheira-me que choveriam reacções que, perante este, não se perfilharam nem de longe.

Chamem-me esquisita.

Eu bem sei que aplicar maquilhagem não é propriamente um exercício intelectual, mas algo me impede de comprar seja o que for de uma marca que se define como sendo de pestrigio.

Cenas de gaja.

Dia de pesagem e medições no ginásio.
Perante um aumento de 400 grs (!!!) a jovem instrutora tentou encontrar uma explicação (está com o período? comeu muito ao pequeno-almoço?) e, perante as minhas negativas, tentou consolar-me dizendo uma banalidade do género "ah, os resultados às vezes demoram a aparecer na balança" etc. Finalmente decidi acabar com aquele chorrilho de asneiras e expliquei:
- Não se preocupe. Não ando aqui para perder peso, essas variações são naturais e não me incomodam nada.
Garanto-vos que não via ninguém tão chocado desde o dia em que disse à minha família que talvez lhes trouxesse uma cunhada ou nora em vez do clássico cunhado/genro.

Depois dos dias dourados.

Cedo o meu lugar
a quem te mereça
que te dê tudo
e que nem pareça

Peço desculpa.

Por ainda não ter recomendado esta para o MP3.

WTF?

Não há muitas coisas tão assustadoras como um homem que vos aparece do meio do escuro e pergunta:
- Quando é que fazes anos?
Recuperado o fôlego, respondi:
- J...já fiz...
- Ah. É porque eu fiz ontem.

And your point is...?

I´ll be back (com sotaque austríaco, evidentemente)

Ter um blogue não está fora de moda. Au contraire, tornou-se kitsch, o que, como toda a gente sabe, está a um passinho de ser o cúmulo do chic.

The End

Ou, como diria o outro, good night and good luck.

Verdade absolutas.

Em alguns atendimentos telefónicos, o que está a dar - sempre deu, e sempre dará - é o cliente comportar-se como uma besta mais malcriada do que o funcionário que o atende.

Há dias.

Que começam mal.
E depois pioram.
E ainda é cedo.

Abusos de confiança.

Compreendi perfeitamente que a miudita se partisse a rir quando me viu tropeçar no degrau. Mas depois, tendo o destino decidido que havíamos de ir à mesma loja, sorrir-me como quem me conhece de algum lado, já me pareceu um verdadeiro abuso.

Sem medo do óbvio.

No Halloween, o óbvio: sim, sim, e outra vez sim.
Michael Jackson´s Thriller - what else?

Relações à distância.

Têm vantagens, sim senhora! Por exemplo, não é preciso assistir à fase de crescimento da franja.

Tintin e os 3 Mosqueteiros.

Estou disposta a ir ver o 54º filme sobre Dartacão - perdão, d´Artagnan - e os 3 Mosqueteiros, mas não quero pôr a vista em cima de Tintin.
Reconheço-lhe os méritos e até acredito que seja um dos melhores jornalistas do mundo mas a verdade, verdadinha, é que nunca fui com a cara do gajo.

A sonhar alto.

And if we could float away
Fly up to the surface and just start again
And lift off before trouble just erodes us in the rain.

Chat entre amigos.

- estou a trabalhar, mas um pouco combalida - ontem tomei dois whiskyes - só 2 - e parece que estou de ressaca

- lol

- é o pdi - imagina quando fizer 30....

- bem vinda à idade adulta.

- e tu, tás fixe?

- ontem bebi 3 cervejas sem alcool e hoje estou de ressaca.

Desabafos.

Esta coisa de nos armarmos em sérios nem sempre dá muito certo. A verdade é que o mundo - que um dia foi dos espertos - agora é dos sacanas.

Modernices.

- Bom dia, doutora.
- Bom dia, Menina da Rádio - respondeu a médica, enquanto me estendia a mão. Apertei-a e sentei-me.
No fim da consulta, ia estender-lhe a mão, mas a mulher espetou-me dois beijos. Pareceu um pouco confusa com a própria atitude, por isso, na consulta seguinte, estendi-lhe determinadamente a mão à chegada. Só um segundo depois percebi que a mulher se estava a levantar e a tirar os óculos para me espetar dois beijos.
Mau. Que confusão - beija, aperta, beija, aperta, em que ficamos?
À saída, resolvi o assunto. Enquanto a médica descalçava as luvas, abri a porta e despedi-me com um aceno de longe e um simples adeusinho, até segunda.

Antigamente, era mais fácil: beijinhos às senhoras e aos senhores. Ponto.
Para os homens sempre foi mais complicado: beijinhos às senhoras e apertos de mão aos senhores. Ao telefone, acontece o mesmo: as meninas podem mandar beijinhos a toda a gente, mas os senhores têm de se orientar nas despedidas entre "um beijnho" ou "um abraço".

A franja.

Suspeito daquele "pareces uma menina da escola" dito por uma colega a propósito do meu novo gancho de cabelo para segurar a franja.
Mas confio naquele "uau...muito bem este novo look" atirado pelo sr.agente-jeitoso...lembram-se dele?

Níveis de stress.

Sempre a subir, em especial por outra decisão radical: deixar crescer a franja.

Os anjinhos que me ajudem.

Com mais um aniversário à porta, fiz as contas aos anos de fumadora.
Glups.
Está na altura.
Como é óbvio, entre ir ao médico ou à net, achei que fazia muito mais sentido consultar o Google.
Não faltam sites com dicas, truques e conselhos. A minha maior inclinação vai, à partida, para a hipnose - que jeitinho que era, de repente já nem me lembrar que os cigarros existem...
Adiante.
À falta de um hipnotizador de jeito, resolvi seguir o único conselho que parece reunir consenso em 90% dos sites: determinar um dia e, até lá, ir cortando no consumo para que a ressaca do dia D seja menor.

São 16:22´; levantei-me às 9 da manhã - fumei, até agora, um cigarro.

TPM

Em dias como hoje, a cara-metade dá-se por feliz por viver aqui, os amigos dão-se por felizes por viverem noutro lado qualquer, e resta (para me aturar) esta senhora - que há-de ter santa paciência.

O raio da maçã.

Pronuncia-se "áple".
Não é "eiple" nem "heiple".
ÁPLE.

27

Há 41 anos Janis Joplin entrou para o grupo dos fatídicos 27.

Maldades.

Só ser má explica ter achado tanta piada a isto:
- Por que é que Stevie Wonder não escreve um hit há tanto tempo?
- Porque deixou cair o lápis.

É oficial.

Não estou ao nível do Hitler mas sou, sem dúvida, uma das piores pessoas do mundo.

Entre amigos.

- Amanhã saio do trabalho ao meio-dia, queres ir almoçar?
- OK, vamos.
- Mas aviso já que vou estar mal disposta. Tenho de acordar muito cedo porque entro no trabalho às sete portanto vou dormir pouco...
- Então é melhor vires-me buscar a casa para almoçar. Assim, a caminho do centro comercial já me vais dando na cabeça; quando lá chegarmos, já descarregaste o mau humor e podemos almoçar em paz.

Há dias assim.

Em que, à falta de melhor, culpo a descida de temperatura.

The rain in...

Ontem escandalizei amigos e colegas por ter aparecido no trabalho de sapatos e meias.
Hoje - vítima de peer pressure - fui trabalhar de sandálias.
Chove - evidentemente - a potes.

Preocupações.

Já percebi que cortes de cabelo como o meu estão out nesta estação.

Da crise e do abuso.

Depois de ter vendido um fatinho de baptizado por 86 euros, uma vela por 17, um par de sapatos tamanho 16 por 27.50, umas meias por 12 euros e uma toalha por 26, a senhora arregalou os olhos com um supremo ar de crítica quando a jovem mamã declinou comprar um corpete e um babete.
Mesmo assim, foi o sítio onde a mamã foi mais bem atendida.
Na outra loja que visitou, a senhorita disse com todas as letras que não tinha nada para "essa época do ano" (como sabem, nos Açores é facílimo prever como estará o tempo em Outubro).

A lua-de-mel tem destas coisas.

Depois de um interregno provocado por uma espécie de lua-de-mel (a primeira das 11 previstas para os próximos 3 anos), volto hoje a ligar a ficha ao mundo.

Demasiado profundo para o fds.

Parece regra assente que só quem não tem o que fazer é que se preocupa com determinadas coisitas.
Os desocupados preocupam-se com o que não interessa nem ao menino Jesus.
Só quem não tem problemas sérios vai discutir com a vizinha que não fecha a porta delicadamente.
Não sei.
Acho que perante a impotência de resolvermos os problemas sérios, podemos tender a pensar em minudências.

To be or not to be.

Viva, quero dizer. Hoje recebi uma sms que perguntava apenas isso: tás viva?
Sim. Estou. Animem-se, há-de-se-me acontecer alguma coisa que postar um dia destes.

Sherlock.

Sherlock Holmes.
Mais precisamente, a série que passa agora no AXN.
É completamente diferente do Sherlock que lemos - tem um website e (se não me falha a memória) Sir Arthur Conan Doyle não incluía telemóveis no campo de recolha de pistas - mas, ao mesmo tempo, é igualzinho a Sherlock, e é tão verdadeiro quanto o clássico.

Possivelmente tornar-me-ei tão fiel a esta série quanto fui um dia às Donas de Casa Desesperadas (se bem que as senhoras se vissem envolvidas em histórias bem mais escabrosas do que simples serial killers).

Sim, é verdade.

As "coisas" não acontecem só aos outros.

Para partilhar.

Há uns anos que faço com alguma frequência a "carreira" Lajes-PDL.
Nunca tinha feito uma viagem tão má como hoje.
Nunca.

Porque alguns MP3s dependem de mim.

Guess who?

A sério, adivinhem quem é!

Pinta de turista.

Passei uma semana na Madeira com um monte de gente a falar-me em inglês, castelhano e francês mas, de volta a casa, surpreendeu-me que uma senhora me atirasse um "thank you" à saída da meo. Quando respondi "faça favor", corrigiu, repetindo: "obrigada".
Será que as férias me deram um ar estrangeirado?

A olhar para o fim das férias...

Turismo & Cultura Alternativa.

Depois de uma viagem de carrinha que me fez temer pela vida e a vista de um veleiro sem velas, chegou, finalmente, o momento de aproveitar a viagem pela costa da Madeira. Às tantas, o "guia" começou a sua ladaínha:
- Ali vemos o Machico. Foi a primeira cidade da Madeira a ser descoberta por João Gonçalves Zarco.

Sentindo-me a abarrotar de bondade, resolvi presumir que o homem, pura e simplesmente, se tinha expressado mal. Até que ele olhou para mim e acrescentou:
- Na altura ainda não devia ser cidade, apenas uma aldeiazinha.

Organizando.

Tentando pôr de uma vez por todas as fotografias em ordem, chego à conclusão de que devo precisar de um álbum para as fotos do liceu, outro para as de trabalho, três para as de família e vinte para as de borga.

Um acontecimento.

15 anos depois de me ter mudado para esta casa comprei, finalmente, um lustre para o meu quarto.

Teaser.

Garanto que vale a pena papar o video todo só pelo comentário final de Mick Jagger.

No comment.

- A senhora é da Terceira?
- Sim, sou.
- Não conheço. A única ilha que conheço é S. Miguel.
- Mas então porquê? Não gostava de conhecer a sua terra?
- Não. Prefiro ir para o Canadá. Não tenho interesse nenhum nas ilhas.

Ar condicionado.

Entre os completamente viciados em e os completamente alérgicos a, o edifício onde trabalho é, por estes dias, uma espécie de twilight zone em que circulamos entre zonas tipo câmara frigorífica, e outras tipo forno de lenha.

Pela segunda vez na vida.

Um pássaro voou e fez-me uma caganita em cima.

Ser-se prezada.

Bem sei que, se os comprasse mais vezes, conheceria os preços actualizados mas, francamente, pareceu-me um exagero absurdo pedirem-me 2 euros por um carrinho de linhas.
Isso mesmo: 400 escudos.

O amor é lindo.

Acho que só isso explica não ter levado uma chapadona na tromba quando perguntei se Alvalade é o do Benfica?

Quebrando uma promessa.

Depois de ter falado aqui tantas vezes de Amy Winehouse, acabei por prometer que não voltaria a faze-lo, mas hoje quebro a promessa.
Jimi Hendrix, Kurt Cobain, Janis Joplin.
Winehouse morre também aos 27 anos . O tempo dirá quanto durará a sua música. Afinal de contas, Cobain, Joplin e Hendrix morreram em alta, deixando uma sensação de perda irreparável, de um vazio que nenhum outro artista poderia alguma vez preencher.
Winehouse deixa na memória recente uma decadência crescente em público, criando ressentimento por ter deixado escapar um dom, ou melhor, por ter deitado ao lixo um dom com o qual a maioria dos mortais apenas pode sonhar.

O valor da dor.

Pode (ou não) ser triste, mas medimos o valor que damos às coisas e às pessoas não só pelo prazer que nos dão ou a utilidade que têm, mas também pela dor que causam.
É assim no amor: traz felicidade, sim; alegria, sim; nervoso miudinho sim (sim e sim) mas, nessas contas, também entra essa incómoda sensação de dor - por ausência, por uma briga, por uma palavra mais fria ou uma atitude distante.

Quanto mais dor nos causa, mais valorizamos o amor.
Com o ginásio, é a mesma coisa.

Dia 3.

Planear o fim de semana na Ribeira Quente para ouvir O Amor é Mágico (uh-uh) e comer a versão micaelense do chip & fries: chicharro em papo-seco.

Ao segundo dia...

...meditar nas palavras da senhora que me fala dos patrões que não lhe pagam tudo quanto manda a lei porque "não podem". E da filha, que quer estudar em Lisboa mas precisa: a) de uma bolsa e b) que o pai cumpra os deveres - coisa para a qual o senhor não parece virado.

Um dia de cada vez.

Ou: como transformar um dia merdoso num dia razoável:
- ser aceite de volta à universidade
- ouvir a música nova dos Red Hot Chili Peppers
- planear uma ida ao cinema para ver o fim do Harry Potter
- escolher uma OST tipo comprimido: upper em vez de downer
- mudar de assunto

(In)compreender o facebook.

Conhecem a aplicação "Vogue Me"?
Eu explico: é uma aplicação do facebook em que podemos usar as fotografias dos nossos amigos colocando, como pano de fundo, a capa da revista "Vogue". Todos podemos ser modelos por um dia, mas modelos a sério, ao nível da Gisele e da Naomi.
Pois essa é a fonte da minha mais recente tragédia familiar. Tenho uma pessoa muitíssimo ofendida comigo por ter sido capa de revista sem ter avisado. O que vale é que ainda houve quem me tentasse defender dizendo "ela, no máximo, pode ter sido capa da revista Açores".
Não sei se a defesa me agrada, mas o que conta é a intenção.

Signed, sealed & delivered.

Há filmes "de época" em que alguém diz "hoje é dia de enforcamento" ao que outro responde:
- Calma, é preciso que haja primeiro um julgamento.
Mesmo nos julgamentos-fantoche, há a decência de uma fantochada.

À sra. D. Felismina Santos (parte II)

Por favor, pague as contas e informe as pessoas que tem um novo número de telemóvel - número esse que não é o meu. Além de receber um monte de mensagens a propósito das contas que a senhora não paga, ainda tenho de aturar a malcriação de quem telefona e não acredita em mim quando digo: "Eu não sou a Felismina Santos. O meu nome é Menina da Rádio."

No, thanks.

Não tenho qualquer interesse em ter uma amizade de facebook chamada "Barriguinhas Mágicas (barrigas de gesso".

Chiça.

Era de esperar que, estando eu a pagar, a mulher me dissesse o que eu queria ouvir.
Mas não.

Piadinhas.

Com uma série de contas para pagar, fui ao multibanco do supermercado mais próximo. Com a caixa mesmo ao pé da porta e uma ventania danada, 30 segundos bastaram para que começasse a espirrar.
Às tantas, apercebi-me que o polícia de serviço ao estabelecimento se aproximava de mim:
- A menina desculpe, mas se eu tivesse essas contas todas para pagar, também me dava uma alergia.

OST FDS (ou BSO FDS)

À atenção dos meus parceiros de cinema:

Se algum de vocês quiser a minha companhia para ir ver isto terá de me pagar o bilhete, o jantar e ainda uma caipirosca. E um frangalho. E um café. E um whiskey.

Outra vez.

My love has concrete feet
My love´s an iron ball
Wrapped around your ancles over the waterfall

I´m so heavy
heavy
heavy
heavy in your arms.

OST FDS

Assuntos cabeludos.

Já tentei a lâmina, a cera, o creme, a máquina, a sonda, a luz pulsada.
Nada me serve.
Hoje descobri que há isto em S.Miguel. Tentar - obviamente - vai custar e doer, mas (já dizia a minha mãe) sofrer para bela ser.

Procurar casa.

Há gente que deixa o número de telemóvel no jornal e depois nunca atende.

Há gente que deixa o número de telemóvel no jornal apenas para informar que "não sou eu que trato disso, é o meu primo, espere aí que lhe vou dar o número dele".

Há gente que instala a confusão mantendo o anúncio no jornal mais uma semana depois de já não ter o apartamento disponível.

Há gente que - tendo em conta a descrição fantástica que consegue fazer de pardieiros - devia trabalhar em publicidade.

Ego boost

Na consulta pré-verão marcada às pressas para o gabinete de "beleza" a senhorita disse-me, e cito:
- Não precisa de mais do que meio-tratamento.

São recorrentes no meu horóscopo frases do género terá muitas dificuldades em ocultar os seus verdadeiros sentimentos.

Vivó feriado.

Depois de um vá pra fora cá dentro (cortesia do meu mais-que-tudo), que incluiu, até, ausência de internet e falhas na rede de telemóvel, o acto de voltar está a ser violento.
Doloroso.
Arrancado a ferros.

A sequela.

Para variar, acho que não vale a pena dizer que A Ressaca foi melhor do que A Ressaca II.
Eu gostei da sequela. Achei que os eventos que se repetem têm mais piada extra por serem repetitivos.
Again? Sim, again. É mais ou menos assim que abre o filme, com uma frase do género we did it again. E é o suficiente para pôr uma sala inteira a rir.

Ainda há letristas em Portugal.

Aprecio o teu dom de tornar
Num clique o meu falar
Numa total confusão
Confesso que só de imaginar
que te vou encontrar
me sobe à boca o coração.

Linhas Cruzadas, Virgem Suta.

À atenção de mr. Timberlake.

Já que não teve a delicadeza de me telefonar desde que terminou com Ms. Biel, lembre-se (ao menos!) que também Ms. Diaz está (com certeza temporariamente) disponível. Com um pouco de sorte, talvez ela atenda.

P.S. Escolher uma foto da moçoila não foi tarefa fácil. Há gajas tão boas que metem nojo.

Nada como uma segunda opinião.

- Até que enfim chegou o verão!
- Tens a certeza que chegou?
- Tenho...se bem que o meu telemóvel diga que amanhã vai chover.
- Troca de telemóvel.
- Bem pensado.

Hum.

"Se Tim Revel não tivesse morrido, teria tido uma bela carreira e graças principalmente a Virgínia. Trabalhou para ele com todas as forças de que dispunha. Fez por ele tudo o que é possível fazer neste mundo, e eu sei porquê, também.
- Porque ela gostava dele?
- Não, porque não gostava. Não compreende? Ela não o amava, nunca o amou e fez tudo o que lhe foi possível para o compensar desse facto."

O casamento segundo Bundle, n´O Segredo de Chimneys de Ms. Christie.

Pior que os doutores portugueses são os nobres ingleses.

A propósito disto lembrei-me de uma história que os meus pais, de vez em quando, contavam à descendência.
Andava o rei a passear no bosque quando o seu cavalo, assustado com um relâmpago, o fez cair ao chão. Ficou desmaiado, à chuva e sem criados por perto, até que um pobre camponês o encontrou, levou para sua casa e cuidou dele.
De volta ao castelo, o rei resolveu convidar o criado para uma refeição como forma de agradecimento.
À hora da janta, rodeado da nobreza do reino, o homem, nervosíssimo e ignorante das regras, usou a taça que continha a àgua para lavar as mãos...e bebeu-a.
Toda a gente na mesa riu e troçou do camponês, menos o rei, que preferiu beber também a àgua da sua taça.

Feliz aniversário para Ms. LaBelle.

Apesar de já me terem perguntado "quando é que arranjas um trabalho a sério?", eu acho que o meu trabalho é muito sério.

Não digo que não seja agradável (pois claro que é), mas acho que é muito sério termos consciência da música que nos rodeia: o que nos faz sentir, o modo como nos "classifica" perante os outros, o que nos leva a dizer que faz parte da minha/nossa banda sonora, que relação tem (ou não) com todos os nossos outros gostos (gostar de Mudvayne não me faz fã de filmes de terror; gostar de Lamb of God não é sinónimo de ter 15 anos e escrever com erros ortográficos).
Adiante.
O gosto não se discute? Talvez não, mas pode-se explicar. Há música que aprecio hoje porque me vi obrigada a compreender. Há música que não quero em casa mas que anda todos os dias na minha mala dos discos. Há música que, no fundo, não interessa se nos cai no ouvido ou não, porque o seu significado ultrapassa tudo (ou alguém desconhece a Grândola, Vila Morena apenas por não curtir aquela onda?).
Se não fosse tudo isto, eu não saberia o que faz esta velhota no video acima. Sabendo, posso meditar numa frase do género aquela é feita de rock &roll. E fazer-lhe a devida vénia.

Homicídios e outros hobbies.

Ainda não sei se vou assumir a empreitada de reler a colecção completa de fio a pavio, mas o facto é que me voltei a dedicar aos livros de Agatha Christe. Tendo em conta que os li pela primeira vez há mais de 20 anos, tenho a seguinte dúvida: estarei com o instinto mais apurado para descobrir assassinos ou (hipótese B), tenho memória de elefante?

Como sempre.

Deixei passar o mês de Abril sem uma única referência ao aniversário da Menina da Rádio. São 4 anos - uns dias melhores e outros mauzinhos. Como diz o meu vizinho Miguel Bettencourt, os bons posts estão sujeitos ao stock disponível.
Entre mudanças de contadores e visual não sei quantas visitas conto - ou melhor, até sei.
E explico, com a devida vénia aos meus visitantes.
Tenho as visitas de quem continuou a vir cá mesmo enquanto andei mal disposta,  rezingona ou verdadeiramente triste.
Tenho as visitas de quem não desistiu mesmo quando andei insuportavelmente feliz.
Tenho as visitas de quem se manteve firme mesmo com o advento do facebook.

Em conclusão:
- os meus visitantes são os melhores da blogosfera - e não, não digo isto a todos (até porque, de momento, não tenho mais nenhum blogue).

A esteticista.

Não sei se já a gabei aqui ou não, mas a verdade é que a mulher é um fenómeno.
Além de ser adepta da posição de frango, é rápida, minuciosa e, acima de tudo, entra muda e sai calada.

Outra perguntinha:

Mais do que da policial, o que diz isto da classe médica?

A pergunta do dia.

Segundo o programa que dá à tarde na SIC: "Forma da mama revela personalidade?".
Confesso ter uma certa pena de não poder parar a ver isto.

Ouvido de passagem...

"Na altura em que veio cá aquele pastor alemão...o Ratzinger."

Do tempo.

Foi-se aos 36 anos, mas isso não o impediu de ser uma das figuras mais marcantes da música e de ser (ainda hoje) o mestre incontornável do reggae.

O tempo - mesmo quando pouco - é o que nós fazemos dele.

Por falar em mexericos...

...ouvi um sobre a minha pessoa e tive tanta pena que não fosse verdade.

Sinónimos.

Codrilhar.
Calhandrar.
Enredar.
Mexericar.

Quem nunca pecou, que atire a primeira pedra.

O bom português.

Importa manter o bom humor.

Waste of time.

Depois de ter passado 14 minutos e 27 segundos a ver um video na net para aprender a fazer uma maquilhagem smokey eyes, cheguei à conclusão que a modelo tinha ficado horrorosa.

Antes um mau ano...

Já estava o meu tio com os cabos à volta do meu carro a tentar reavivar a bateria, quando um dos meus vizinhos gritou da porta do prédio:
- Pois! Ontem à noite deixaste as luzes acesas.
Essa informação ter-me-ia sido muito útil ontem.
Thanks, mate.

Milhares de motivos para manter a tv desligada este fds.

- as 1001 reportagens sobre o vestido
- as 1001 reportagens sobre os dois (!) beijos
- as 1001 notícias do país
- as 1001 notícias da troika
- as 1001 reportagens sobre o dia da mãe
- as 1001 reportagens sobre o dia do trabalhador
- o gasto de energia - e o de electricidade também.

Contradições.

O meu horóscopo diz que eu hoje devo abandonar a obsessão do trabalho e, em vez disso, tirar um tempinho para ouvir música.
Hum.

Feliz aniversário para a minha cara-metade...

Porque o amor é mais lindo aos 38 (e aos 34) do que em qualquer outra idade.
Porque mesme os momentos mais difíceis fazem parte da nossa história.
Porque todas as (aparentes) loucuras que já fizemos e todas as que temos planeadas resultam, na verdade, de uma lucidez que é só nossa.
Porque levámos os nossos amigos à beira da loucura com as nossas dúvidas e agora os enjoamos com uma felicidade de adolescentes.
Porque não hesitas nem duvidas.

Perguntinhas.

Eu percebo que um site qualquer tenha na categoria "música" um link para a Blitz e, na categoria "comprar", um link para a Worten.
Mas, na categoria "úteis"... um link para o Horóscopo?

Hum.

Tendo em conta que o estado (dito) laico continua a parar nos feriados religiosos (e, quem trabalha aos dias santos, é pago por isso), não me parece que a tolerância de hoje seja assim de grande importância.

The car whisperer.

Perante a (aparentemente) inexplicável movimentação de uma viatura, cada um desenvolveu a sua teoria.
A minha reza que a proprietária da viatura em questão confiou em quem não devia e disse "toma lá a chave do meu carro e vê se consertas aquela janela". Terá sido esse amigo a usar o carro, dar-lhe uma voltinha, espatifá-lo contra os outros dois inocentes estacionados no parque, e, depois, acagaçado com a asneira, a travar o carro, trancá-lo e ir à sua vidinha assobiando como se não fosse nada com ele. Assim se explica que a proprietária do carro negue agora a existência de uma chave suplente que ainda a semana passada comentou com as amigas que tinha mandado fazer.

A senhora com quem eu discuti o assunto, porém, considera bem mais fiáveis outras provas: diz que disse que do outro lado da rua os taxistas garantem que viram o carro andar sozinho, ou seja, pôs-se a trabalhar, engatou o recuo e depois a primeira, virou à esquerda e espatifou-se nos vizinhos.
Com um olhar de censura, acrescentou-me ainda a piada: quem acredita em fantasmas sabe que foi assim, quem não acredita, só tem de respeitar.

Coisas de tia.

Confesso que corei de orgulho quando os meninos gabaram as sandes que a tia lhes fez.
Por outro lado, tenho em conta que não cozinho, não mudo fraldas nem brinco às escondidas, que outra coisa poderiam eles gabar?

Os jornalistas não estão bons da cabeça.

Só pode. As redacções andam com as agendas desorganizadas, ninguém sabe que dia é nem em que mês está; por isso, as histórias de uma semana são repetidas na seguinte e ninguém dá por isso.
Que outra explicação encontram para o facto de, semana após semana, se repetir a mesma notícia: o aumento do preço dos combustíveis?

Porque o amor é lindo.

Todas as cartas de amor são ridículas
Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas.
As cartas de amor, se há amor, têm de ser ridículas.

O mesmo para cada sms, email, post, comentário ou publicação de facebook.
Não há high tech que transforme uma pessoa apaixonada numa pessoa cool.

Cenas de Gaja

Espelho meu, espelho meu...haverá esteticista mais armada em esperta do que eu?
Decidam-se minhas caras. Ou eu devo usar a luva ou não devo; ou a minha pele está em bom estado, ou não está; ou os meus pêlos são grossos, ou os meus pêlos são finos. Tudo ao mesmo tempo (ou, para ser mais específica, de mês a mês) é que não pode ser.
E (para cúmulo!!) a senhorita de hoje tentou impingir-me um cremezito cujo preço não é nada de especial, só 48 euros.
A senhorita passa-se, por algum acaso?

Mau.

Entre uma segunda-feira de ressaca, a terça cheia de dores no corpo, e a quarta a começar com uma avaria no secador de cabelo, é caso para dizer que uma desgraça (tal como quem dá em doido), se recusa a andar sozinha.

Ai.

Como toda a gaja que se preza, entrei em pânico quando vi entrar Abril. Impôs-se, obviamente, um regresso apressado ao ginásio.
Vou repetir: "ai".

Cultura norte-americana.

Ou as suas frases feitas, como crawl into a hole and die.

Dar duas.

Dar duas num fim de semana só já não é para mim. Sair na sexta e no sábado é - nesta provecta idade - de uma violência extrema. Hoje já é segunda-feira e (garanto) ainda não recuperei.

Livrinho de regras

(ou o bêábá da vida)
You deserve the best in life
So if the time isn´t right then move on
Second best is never enough
You´ll do much better on your own

Verdadinhas.

O problema de quem dá em doido é recusar-se a ir sozinho.

Coerência.

Finalmente, alguma coerência neste país...quando começa Abril, águas mil.

Conversa entre primas.

- Olá. Tens um Aulin que me dês?
- Não. Só Trident.

Thanks, mate.

- Tou?
- Hoje tás a pôr umas músicas de jeito.
- Hoje?
- Às vezes pões umas comercialadas de merda.

Frases memoráveis.

Life´s destiny? Not yet totally, please.
De acordo. Nada como acreditar que, melhor do que hoje, só amanhã.

Hoje percebi isto:

Sem ela, a História da música não seria a mesma.

Mais um dia, menos uma multa.

Foram menos de 20 minutinhos a aviar o questionário dos censos.

Dos ódios e outros sentimentos válidos.

Uma coisa é uma pessoa, eventualmente, desconfiar que isso até possa ser possível. Outra, é ter-se a certeza, para além de qualquer dúvida, que alguém nos odeia.

Vidivodo.com : timbaland - give it to me  Etiket: timbaland feat nelly

A notícia do dia (II)

Continuo com um derrame no wc mas agora (ao menos isso!), é de àgua quente.

A notícia do dia.

Obviamente que é o facto de a minha casa de banho acabadinha de renovar não aquecer a água do duche. A água que corre é fria e (como se não bastasse) espalha-se pelo chão.

O limite da paciência.

Entre amigos, amantes, namorados, marido & mulher, irmãos, tios & sobrinhos, todos parecemos ter um limite de paciência. De facadinha em facadinha, vamo-nos desgostando um pouco e, se não tivermos a capacidade de sarar as feridas, cada relação corre o risco sério de se degradar para além dos limites.
Os motivos? Dinheiro, infidelidade, viagens que correm mal, férias que se cancelam, queixinhas anónimas ou hipocrisia em doses cavalares.
As curas possíveis? Conversas sinceras e/ou tempo q.b., uma noite de copos, duas chapadas bem dadas (com ou sem mão) ou a resolução de não voltar a pecar - cada um pode escolher o genérico de maior eficácia.
Ou, simplesmente, fazer um unfriend da vida real.

Do dia da poesia.

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,


e o que nos ficou não chega

para afastar o frio de quatro paredes.

Gastámos tudo menos o silêncio.



Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,

gastámos as mãos à força de as apertarmos,

gastámos o relógio e as pedras das esquinas

em esperas inúteis.



Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.

Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;

era como se todas as coisas fossem minhas:

quanto mais te dava mais tinha para te dar.



Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.

E eu acreditava.

Acreditava,

porque ao teu lado

todas as coisas eram possíveis.



Mas isso era no tempo dos segredos,

era no tempo em que o teu corpo era um aquário,

era no tempo em que os meus olhos

eram realmente peixes verdes.



Hoje são apenas os meus olhos.

É pouco mas é verdade,

uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.



Quando agora digo: meu amor,

já não se passa absolutamente nada.

E no entanto, antes das palavras gastas,

tenho a certeza

de que todas as coisas estremeciam

só de murmurar o teu nome

no silêncio do meu coração.



Não temos já nada para dar.

Dentro de ti

não há nada que me peça água.

O passado é inútil como um trapo.

E já te disse: as palavras estão gastas.



Adeus.

Embora tenha nitidamente uma costela de rata de biblioteca, a poesia não é coisa que aprecie. Este poema que acabaram de ler (se tiveram pachorra para tal) é o único de que realmente gosto. Mesmo assim, o meu desconhecimento da cultura poética chega a este ridículo ponto: eu estava convencida que este "Adeus" tinha sido escrito por Florbela Espanca. Afinal foi por Eugénio de Andrade.

Termómetro.

Tendo em conta que hoje vi mais DUAS mulheres de sandálias, começo a pensar que talvez seja eu a estar com a temperatura desregulada.

Como eu estava a dizer...

...hoje fui almoçar com a Maninha. Na rua, três rapazinhos de 10 anos pareciam decididos a atrapalhar a circulação mas, de repente, um deles (o líder, obviamente), viu-nos e avisou os amigos:
- Deixem passar as senhoras.
Bom, ficámos maravilhadas. Tanta educação e consideração, afinal a juventude não está perdida, os rapazes até são educados, etc,etc.
Até que percebemos que o que eles queriam era ver o traseiro às senhoras.

E pronto.

Nada como uma estocada final a meio de uma insónia.
Como se costuma dizer, para quem não quer há muito.

Ninguém me contou.

Fui eu que vi, esta manhã, enquanto trotava rapidamente pela rua fora, embrulhada no cachecol e com o casacão fechado até às orelhas. Atrás de mim ouvi passos apressados e encostei-me à parede para deixar passar.
Quem passou por mim foi uma rapariga.
De sandálias.
Ainda pensei que fosse turista, mas não levava meias. Ia só com os pezinhos nus.
Repito: de sandálias.

Hum...

Se é verdade que andas solteiro...liga-me!!!

À sra.d. Felismina Santos

Faça o favor de pagar as dívidas ou, pelo menos!, de informar as pessoas a quem deve dinheiro que mudou de número de telemóvel. Ao que parece, os números novos acabaram, de modo que sempre que vamos buscar um "novo", o que nos calha é um reciclado e, a mim, calhou-me o de uma caloteira.

Definições.

Um Amigo pode ser, por exemplo, uma pessoa que te vê entrar em casa dele completamente lavada em lágrimas e diz simplesmente:
- Sabes uma coisa? Afinal tinha gravado aquele episódio que não viste da tua série preferida. Vamos vê-lo agora?

Coincidências? Pressentimentos?

O que te levou a telefonar-me hoje?
Pressentiste que eu precisava de um exemplo vivo de que "tudo passa"? Ou não; simplesmente...calhou?
Seja como for, obrigadinha.
E os leitores também agradecem: graças a ti, a Menina da Rádio não vai transformar o blogue num mausoléu.

Inquérito rápido:

A história de Romeu e Julieta teria ficado tão famosa se, em vez de um final dramático, tivesse tido um final feliz?
Serão os melhores amores os que ficam por realizar?

Born this way

Lady Gaga não é excêntrica. É uma estudiosa da sociologia da fama. Além de manter o nome em permanência na boca do mundo, consegue, assim (conforme explicou ao 60 minutos), direccionar a atenção das pessoas para o que lhe interessa e, como consequência, mantém uma parte da sua vida fora dos holofotes, alcançando um nível aceitável de privacidade.
Posto isto, a conclusão parece-me óbvia: sociology of fame, uma porra. Lady Gaga tinha muito a aprender com o bailinho dos velhinhos da Agualva. Assim é que se chega a famoso num instantinho.

Ka bronca

O diz que disse avisa que uma série de artistas fez negócio com Kadafi: Beyoncé, Nelly Furtado, Usher, Mariah Carey - todos terão actuado para a família de um ditador e assassino.
A "comunidade" indigna-se. Nelly Furtado promete doar à caridade o equivalente à quantia recebida; os restantes remetem-se ao silêncio.
Esperarão que passe o sururu?
Ou acharão, pura e simplesmente, que são livres de actuar para quem quiserem e ninguém tem nada com isso?
Andarão todos de livrinho de História em punho a tentar perceber a dimensão da personalidade que os contratou? Estariam conscientes de uma espécie de pacto com o diabo? Ou terá sido um cheque como outro qualquer?
Até que ponto se interessam os artistas pela bolsa que os alimenta? Até que ponto se devem interessar?

Serão os artistas ignorantes? Carecem de consciência? Ou, são, simplesmente, distraídos?

Explode

Da música que, mesmo cantada em inglês se classifica, para todos os efeitos, de portuguesa.
Quem não gosta dos Gift? Eu gosto. E sou locutora de rádio pelo que me inscrevi em http://www.thegift.pt/ para receber uma canção nova em cada um dos próximos 11 dias. O preço? Pague o que achar justo.
Como avaliar um produto que ainda não conhecemos?
Eu fui pelo histórico: alguma vez ouvi alguma coisa dos Gift que me fizesse pensar que são foleiros, maus músicos ou preguiçosos? Não. Alguma vez saí desiludida de um concerto deles? Não.
Assim sendo, embora pudesse ter pago um euro por 11 canções, paguei 10.
Também gosto que me paguem decentemente pelo trabalho que faço.

Ain´t love grand?

No início, quando a paixão é louca e o amor é lindo:
- Adoro o som da tua voz de manhã...
Depois, quando a paixão é assim-assim e o amor já não é grande coisa:
- Tás fanhosa.

I told you so.

Sempre me orgulhei de não emprenhar pelos ouvidos. Digam o que disserem sobre fulano, sicrano e beltrano, são todos inocentes até prova em contrário.
Hoje tive pena de ser assim. Era menos uma dosezinha de veneno que tinha engolido.

Pintando.

Depois de ter esmifrado os miolos (os meus e os de quem me rodeia), acabei por me decidir pela cor pérola para as paredes. Na lata dizia marfim mas a funcionária garantiu que era a mesma coisa.
Não é.
Mesmo sendo para a casa de banho, não quero as paredes cor de cocó de criança.

Conversas de café.

- hum...recomendaram-me este pintor, mas a 30 euros à hora...deve haver alguma confusão. Não achas muito caro?
- Há putas mais baratas.

Só para contrariar:

Hoje, pela minha mão, não vai para o ar nem uma única música romântica.

Evidentemente...

...que aquele minúsculo derrame implica o regresso do mestre, louças desmontadas, tubagens novas...enfim, um leilão completo.

Money for nothing & your chicks for free

Diz a net que um sr. padre brasileiro resolveu cobrar uma caução a todos os noivos: dêem cá 220 euros - se chegarem a horas ao casório, devolvo-vos o cheque; se não, deposito-o na conta da Igreja.
A tradição já não é o que era?

A despedida.

Tivemos a discussão final, paguei-lhe os últimos dias, acertámos os derradeiros pormenores e, sem ponta de emoção, despedimo-nos.
- Nosso Senhor te leve, caro mestre.
- Diabo a carregue, minha senhora.

Relatório

A matéria-prima chegou a horas e o elevador não avariou. Por outro lado, os azulejos não têm o tamanho indicado nas caixas.
Além disso, fiquei a perceber que, como autoridade, sou fraca figura. A casa é minha, eu é que contratei o mestre e é que lhe pago, mas a verdade é que, face a uma presença masculina, o homem passa a fingir que eu não existo.

Segunda-feira.

Depois de uma semana de obras em que apenas se destruiu, aguardo com ansiedade o dia de amanhã em que, finalmente, se vai começar a fazer alguma coisa. À partida, tenho todos os ingredientes para que o dia corra mal: o mestre vai ter de esperar pela entrega da matéria-prima que, com certeza, vai chegar atrasada. Quando chegar, o elevador, provavelmente, já terá cumprido a ameça de avaria dos últimos dias.

Lições de vida (II)

"Foi ao nutricionista e aprendeu a contar amêndoas.
Malhou no ginásio e fez marcha à beira-mar.
Deixou o pão branco, os pecadilhos com a Cadbury´s e até com os iogurtes passou a ser selectiva.
E depois?
Depois, quando se sentia a mulher mais sexy do mundo, encontrou uma cara-metade que, sem cerimónias (e antes que pudessem ser felizes para sempre), confessou: gosto de mulheres grandes."

Lições de vida.

As lojas de azulejos não têm nada de jeito em stock.

John

Desde uma carta do género de que estou à espera um dia destes, às obras no wc de casa, o tal do John não me larga. Para já, sinto a aproximar-se o síndroma PP (pânico de pó), que se misturou com a falta de água quente na casa de banho suplente esta manhã.
Entretanto, uma reunião de emergência - digna do melhor querido mudei a casa - obrigou-me a pôr de parte a John dos meus sonhos e contentar-me com a segunda opção (bem me parecia que havia aqui algures uma metáfora de fino trato).

À beira de um ataque de nervos.

Há dias assim.
E semanas.
E meses.

Uma nica de poesia a sério.

Mudvayne Happy



I feel it in me
So overwhelmed
this pressure center rising
My life overtuned
Unfair the dispair
All these scars keep ripping open

Peel me from the skin
Tear me from the rind
Does it make you happy?
Tear me from the bone
Tear me from myself
Are you feeling happy now?

Does it make you happy?
Are you feeling happy?
Are you fucking happy now that I´m lost, left with nothing?

Concordando com o euexisto.

Uma coisa é ver algo que publiquei no facebook, que é a casa de toda a gente. Outra coisa (lembram-se da novela? "uma coisa é uma coisa e uma outra coisa é uma outra coisa"?) é saber que vens aqui de propósito ver se escrevi algo novo ou se publiquei o teu comentário - independentemente das tuas motivações: tu vens cá porque gostas de mim; tu vens cá porque não gostas e queres poder fundamentar o que dizes quando falas mal de mim; tu vens cá porque dormes comigo (olá amorzin); tu vens cá porque gostas do que escrevo, tu vens cá porque és meu amigo, tu vens cá porque és minha amiga, tu vens cá porque és minha irmã e tu vens cá porque este é o único blogue que tu conheces com uma ligação para aquele de que realmente gostas mas cujo endereço não consegues memorizar.

TPM

Com os ovários a anunciar as primeiras pontadas de dor;
tendo já começado a stressar os mais chegados com a impaciência que, mensalmente, se instala 2 ou 3 dias;
com a pele a rebentar graças aos medicamentos para a dor que me fazem alergia;
sinto-me, no entanto, estranhamente bem disposta.
Que mistério.
Ah. Já sei. É a única altura do mês em que engulo um burger king sem culpa.

Esta noite durmo melhor.

Depois de saber que uma mulher argentina sobreviveu a uma queda do 23º andar - afinal, o meu é só o 7º. Por acidente, já não me vou. Por outro lado, fica excluída essa hipótese numa eventual tentativa de suicídio. Como dizem os americanos, it´s a tie.

Por cá também damos importância ao voto.

"Os eleitores encontravam-se todos alinhados em fila, aguardando pacientemente a abertura das urnas. Já ali estavam pelo menos mil pessoas há uma hora, ainda o dia não nascera. E que dia este! Ao fim de tantos anos de desespero, chegara finalmente o momento de os timorenses votarem no seu futuro.
Compareceram todos. Os que tremiam de medo, os que viviam na esperança, os que já a tinham perdido.
(...)
- Hoje é dia de festa.
- De festa, senhor? Não, vou fugir para as montanhas com a minha família.
(...) aquela mulher era sensata (...) as milícias faziam o que queriam.
(...)
As milícias abriram fogo directamente sobre a multidão.
As pessoas que estavam à frente dobraram-se e tombaram no chão, as que se achavam atrás voltaram-se e tentaram fugir, embatendo na parede que as encurralava.
(...) Quando as armas se calaram havia 200 corpos no chão."

José Rodrigues dos Santos, A Ilha das Trevas 

Prémio: "e se fosses brincar com a blica para a areia?"

- Trim.
- Tou tou.
- Menina da Rádio, boa tarde, estou a telefonar para lhe propôr esta nova modalidade dos nossos serviços já disponível na sua zona de residência, em que fica com mais televisão, mais internet e mais telefone por metade do preço!! Está interessada?
- Bom...os mesmo serviços e mais qualquer coisa por metade do preço?
- Sim!!! É uma campanha que premeia os nossos clientes (blá blá blá whiskas saquetas....)...
- Sendo assim...estou interessada, claro.
- Ah. Sabe, estive a ver melhor...o sinal na sua zona de residencia não é grande coisa. Vai ter de esperar mais uns tempos até poder adeirir.

Fidelidade

Mais alguém confessa que, apesar de se manter fiel ao velho signo, espreita o que dizem as previsões do novo?

Himenoplastias

Se é verdade que os signos mudaram e que passamos todos a ser do anterior ao nosso, e eu antes era balança...bom, já dizia o outro: "é fazer as contas".

Pior do que bloqueio de blogger...

...é saberes que há bocado estiveste mentalmente a construir um post e agora nem te consegues lembrar sobre o que era.

Para as meninas

Ou melhor, para quem gosta de pintar as unhas.
Acho que vos devo dizer que o verniz da l´oreal resist & shine seca mesmo num instantinho.

Escolher. Ou não escolher.

- Uma das coisas que mais me custa é escolher - disse ele - vou ao clube de video e peço ao homem que me escolha um filme porreiro e levo o que ele recomendar. Ainda hoje, ao almoço! havia chicharros fritos, lulas e carne assada. Para não ter de escolher, comi os 3.

Rir.

Se o americano de define pelas suas contradições, o espanhol pelas tapas e o brasileiro pelo samba, então Portugal define-se pelas suas anedotas. Se há coisa que me tem preocupado nos últimos tempos é que nós, perante tamanha crise, tenhamos inventado tão poucas anedotas a propósito da nossa nova pobreza.
A morte de um colunista social parece ter resolvido isso, trazendo ao de cima o nosso tétrico sentido de humor...sem dúvida, uma das nossas melhores características.

O horóscopo.

O meu horóscopo de hoje aconselha a não insistir em "assuntos que já foram debatidos".
Hmpf.
Que dirá amanhã? "deixe de apreciar as montras"?

"V for Vendetta" ou "Cenas de Gaja"

Aprisionada numa cela miserável tendo um rato por única companhia, torturada e ameaçada de morte, Evey descobre, ao fim de vários dias, que a tortura era, afinal, um teste concebido pela pessoa que se dispunha a proteger. Escandalizada, mal nutrida e à beira das lágrimas, chora:
- You??? You...cut my hair????

Ia ser um comentário...

...mas afinal é um post em resposta ao euexisto: o facebook é o gato do séc. XXI dos solteiros.

O piropo mais estranho do mundo.

Não é habitual, mas resolvi dar boleia à mulher. Não a conhecia de parte nenhuma mas, 2 kms depois, já sabia que tem 37 anos e 2 filhos. Divorciou-se do marido que lhe bateu até o pai dela perceber o que se passava e o espancar de uma vez só. Esteve na Califórnia e voltou, internou-se na casa de saúde, engordou e, se um dia se voltar a sentir bem, há-de emagrecer e voltar a casar.
- Por falar nisso - pergunta-me ela - a senhora é casada?
- Nâo, não sou - respondi
- Logo vi: é bonita demais para ser casada.

De moca II

Uma vez que estamos em crise, decidi rentabilizar os medicamentos que já estava a tomar para os outros achaques e torci o pé.

De moca

Não sei se é dos achaques da idade, da medicação em que me atulhei para os combater, do ritmo das férias ou da dose extra de açucar dos últimos tempos, mas a verdade é simples: sinto-me de moca.

2011

Eu bem sei que o vestidinho que escolhi para a passagem de ano é uma nica curto, mas daí até aquele parolo plantado à porta do meu prédio me perguntar se "40 ou 50 euros chegavam"...bom, é um pouco abusivo.