Programa das festas.

Amanhã tinha planos para dormir o dia todo mas afinal vou fazer vida de faxineira. E de sopeira, com a barriga encostadinha ao fogão (Cat, o que queres jantar?), vou dar uns passeios, tomar muito cafés e fumar uns cigarrinhos fora de horas. E beber muita água porque palrar o dia todo com os amigos dá sede.

Estes japoneses são loucos.

Não há romano que se compare ao japonês.

A notícia reza que, em laboratório, se criou um rato que chilreia. Respirei de alívio no momento em que os cientistas explicaram que tinha sido um engano. Precipitação minha: o que eles queriam era um rato que se parecesse com um cão.
Alvíssaras a quem me explicar a utilidade disto.

Acabou o Natal.

Agora sim, apetece-me dizer "aleluia". Estava a ver que nunca mais.

Ditados populares de Natal:

"Nunca conheci uma caloria de que não gostasse."

Balançar ou não balançar

Balançar: "fazer o balanço do ano", como manda a tradição que se faça nesta época. Aí está uma coisinha que não me apetece nada mas, como eu sei muito bem o que me leva a fugir desse exame de consciência , o balanço fica feito mesmo sem querer. Há coisas de que não podemos fugir.

Dr. House (num episódio um dia destes)

"I hate that you don´t have a blog. I don´t know what you´re thinking, how you feel" - diz ela, às portas da morte, ao seu mais que tudo.

Prendas last minute

Não faço mais do que a minha obrigação: sugiro uns disquinhos para quem percebeu agora que ainda falta qualquer coisa.
Para o teenager inconsciente: Black Eyed Peas, The Begining.
Para o jazzóintelectual: John Legend & the Roots, Wake Up.
Para o "no meu tempo é que era bom": Sting & Royal Philarmonic Concert Orchestra, Symphonicities.
Para o alternativo: Arcade Fire, The Suburbs.
Para o "tenho um monte de guilty pleasures": Elas cantam Roberto Carlos.
Para o pop pop pop: The Best of Nelly Furtado.
Para o pop/rock: Maroon 5, Hands All Over.
Para o rock: Linkin Park, A Thousand Suns.

Milagrinhos de Natal

Até podemos ser todos uns artistas da rádio; abundam as manias e maus-feitios lendários mas...chega uma criança de 7 anos com chávenas do tamanho de um dedal e um bule de 4 cms e lá nos sentamos obedientemente a saborear o chá comentando que está quente enquanto dizemos "obrigada, mas tomo sem açucar".

Jantarinhos.

Os de Natal, começam amanhã. Alguns de vocês acompanham este blogue há tempo suficiente para saber que, na minha família, esta é uma actividade violenta.
Parece-me que, pelo sim, pelo não, vou marcar uma consultinha extra com o sr. nutricionista já para janeiro.

Eu sei.

Não confio, não acredito, não quero crer. Sou eu e S.Tomé - mas ele agiu mal porque a dele era uma questão de fé, devia ter acreditado assim mesmo. Eu não. Não falo de fé. Falo de confiança e essa constrói-se. Às vezes demora um bocadinho. Às vezes não é toda de uma vez. Por estranho que pareça, pode acontecer por partes. Às vezes é como a pobreza: envergonhada, com medo de se expôr - mas presente e, acima de tudo, a precisar de um miminho que diga "estás bem, fazes bem em existir".

Resumindo:

Algumas coisas são restauráveis. Outras não.

Responde sem "googlar"

Qual a nacionalidade do escritor Daniel Silva?

Peso morto.

R.I.P.

Um segundo ao teu lado já preenche uma vida
O conceito de tempo não entra na sensação
Aquilo que vivemos está gravado no coração

Pacman - dos agora extintos Da Weasel

Uma das 1357 coisas de que não gosto é a comparação parva. Ouvir dizer, por ex., que os Xutos são os Rolling Stones portugueses, é uma frasezinha que me mexe com os nervos. Ou que a bimbi é o Rolls Royce da cozinha.
Parece-me uma estupidez.
Ponto.
Dito isto, acrescento uma da minha lavra: Sá Carneiro é o Kurt Cobain da política.

Defeitos

Nesta máquina maravilhosa que é o ser humano, é notória uma falha aberrante: não conseguimos "fechar os ouvidos" como fechamos os olhos e a boca - não quer dizer que o façamos sempre que devemos, mas, ao menos, a possibilidade física é real. O que vale é que a humanidade, sempre à procura da excelência, inventou o mp3.

Precipitações

Numa das ondas mais recentes do facebook andámos (muitos) a substituir as nossas fotografias por imagens da banda desenhada da nossa infância.
Quando me deparei com a personagem que usei, achei que tinha sido a escolha mais acertada mas, mais tarde, ocorreu-me que Penelope - das corridas mais loucas do mundo - é que teria caído como uma luva. Hoje ainda me lembrei de mais esta...a madrasta (já que, de Cinderela, tenho pouco).

Vantagens de viver sozinha:

O jantar ficou uma merda, mas não há testemunhas.

Dia sem compras

Parece que é amanhã o "dia mundial sem compras" ou coisa do género. Deve ser tão eficaz como o dia "não vá pôr gasolina", quer dizer, serve para quê? Para deixar para amanhã o que podíamos ter feito hoje e nada mais do que isso. De qualquer modo já decidi: passo a manhã na baixa e a tarde no CC desejando que a iniciativa seja um sucesso, deixando-me torrar meticulosamente o salário...em lojas completamente às moscas.

OST

A pedido de muitas famílias aqui está mais uma banda sonora para cortar os pulsos (a.k.a. masoquista):

Pedro Abrunhosa/Não desistas de mim
Alicia Keys/Love is blind
Goo Goo Dolls/Iris
Florence & the Machine/Heavy in your arms
Band of Horses/No one´s gonna love you (more than I do)
Alanis Morissette/Not as we
e, a cereja no topo do bolo (ou o corolário, se preferirem):
Slash & Adam Levine/Gotten

Obcecando...

Envolvida no mundo das remodelações há alguns dias, penso estar em condições de transmitir algumas verdades absolutas:
- sanitas há muitas
- os móveis de bacia são estupidamente ridiculamente exorbitantemente caros
- os azulejos vêm em todas as medidas menos naquela que evitaria termos de cortar uma fiada para os conseguir encaixar na parede que temos
- é impossível encontrar lustres candeeiros de tecto iluminárias de jeito
- é muito difícil encontrar aquecedores bonitos

De baixa.

Não me importo de ter dores de cabeça, vómitos e uma fraqueza generalizada que me tolhe os movimentos - porque são coisinhas que fazem parte da vida.
Acho mal é que aconteçam a um sábado à noite.

Frases Nicola

- Passas-me um pacotinho de açucar?
- Claro, mas deixa-me escolher muuuito bem um para ti!
E assim, sem mais nem menos, aquele homem - que mal conheço - piscou-me o olho e entregou-me um pacotinho de açucar com a frase:

Tenho a anunciar

Que, pela primeira vez na história da Isilda (a minha actual mota), andei com uma pendura. Chegámos a casa inteiras portanto parece-me justo dizer: "porreiro pá".

As Outras Histórias da Música

Em Londres, era apenas mais uma festinha de colégio com um qualquer animador convidado para cantar uns hits que entusiasmassem os meninos, os pais e os avós. Como o artista contratado não apareceu, Ollie, de 10 anos, resolveu ir tocar à campaínha de um vizinho que - tinha ouvido dizer - era músico. Não custa tentar pensou ele, e lá foi. Tocou à campaínha, explicou a situação e, perante tamanha insistência da criança, o tal homem acabou por lhe abrir a porta e deixou-se arrastar rua abaixo até à escolinha. E assim se transforma uma banal festa de colégio num concerto de Elton John.

Desabafos de uma locutora II

Não sei porquê, mas nunca consigo dizer come around sundown com a cadência certa.  É uma frase (neste caso, o título de um disco) que exige ser dita de uma assentada só (comearoundsundown) de modo a que não se perca o sentido de convite: aparece pla hora a que o sol se põe. A cadência que eu lhe dou - com uma espécie de pausa entre comearound e sundown continua a dar a ideia de convite, mas parece que convido o sol posto "em pessoa" a passar lá por casa quando lhe der mais jeito.
Sei que isto parece tudo um pouco disparatado.

Aborrece-me.

Andar por estes dias como um dondoca pouco esclarecida, fixada nas decisões domésticas e humores do marido.
Faço o jantar e planeio o almoço enquanto conto calorias, arrasto-me para uma caminhada à beira-mar que disfarce a preguiça de ir ao ginásio, lavo roupa e arrumo armários, dou um toque de bricolage e planeio a nova casa de banho (que, com toda a certeza muito dará que falar por aqui).
Estou a um passo de me resumir a ver a casa dos segredos porque desconfio que seria mais fácil do que me dedicar à empreitada de terminar A Abadia Profanada, livro da minha mesinha de cabeceira há mais tempo do que consigo admitir.

O melhor será procurar um vestido comprido e sentar-me a bordar - talvez assim me consiga sentir personagem de Jane Austen...é que, naquele tempo em que o correio se fazia de barco a vapor e a cavalo, a paciência era uma arte cultivada desde tenra idade.

To do or not to do.

Depois de conseguirmos deslindar qual é, fazer a coisa certa não é assim tão difícil. Não é fácil, mas dá um conforto que combate a tristeza. Mesmo que não resolva tudo (ou nada), ver o outro sorrir é uma imagem que nos fica. O pior é o primeiro passo - perceber que coisa certa é essa. A partir daí, em todos nós há um herói que respira fundo e arrepia caminho.

Bricolage.

Serve.

Tá ruim.

Até o meu bruxismo voltou.

Dassse.

Passei 2 horas esta manhã à procura de um comando de garagem. Mais hora e meia ao fim da tarde. Sabia que o tinha em casa por isso procurei, procurei e procurei. Depois decidi que me devia organizar. Vou começar por esta ponta da casa, pensei eu, e percorrer cada móvel de cada divisão até o encontrar; vou procurar em todos os lugares (menos no frigorífico porque fui lá ver agora mesmo).
E lá estava ele, bem à vista, numa gaveta onde já tinha procurado 5 vezes.
Eu bem vos digo que, às vezes, sou um homem.

Adenda ao post anterior

Afinal já foram 3 passinhos atrás.

Um passinho de cada vez.
Hoje o passinho foi atrás, mas amanhã é um novo dia.

Gente de fé.

Acabei de ler a história do mineiro que, depois de ter estado 2 meses debaixo de terra, regressa a casa, e a mulher lhe conta que está grávida de mês e meio. Como diria o Guterres, é fazer as contas. Entretanto, vem um médico (que me parece que devia ser obrigado a fazer um teste de paternidade) e explica que há alzóides (espermatozóides+alzheimer) que são os primeiros a chegar à meta mas depois esquecem-se do que foram ali fazer e podem passar duas semanas até que se faça luz e fecundem algum ovo que por ali passe.
Isto fez-me pensar em pessoas que me dizem coisas -apesar de tudo um bocadinho mais credíveis do que esta história - e, perante a minha declaração de dúvida, me perguntam "por que não acreditas?"  Parecia-me que só na religião se acredita pela fé/sem necessidade de provas. Parece-me que me pareceu mal.
Em conclusão, ponho-me a mirar este mineiro (de longe, que ainda me fura um olho) e penso que, realmente, é muito ténue a linha entre confiar e cair no ridículo. E cair no ridículo meus amigos, é coisa que mete medo.

Shit

Há momentos que, mais do que embaraçosos, são humilhantes. Felizmente, às vezes são por mail.

Ainda a propósito...

...dos mineiros pergunto-me quanto tempo levará Hollywood a fazer um filme sobre o assunto?

Outra vez os mineiros.

Ouvi esta há bocadinho: eles estão num buraco...mas sabem quando vão sair dele.

Há dias.

Em que o melhor é lembrar que os mineiros é que estão numa posição tramada. Mas de certeza que estão a pensar na luz do sol que hão-de ver hoje.

Já não dói.

A borbulha.

Para animar o dia...

...a uma gaja que - há quem diga, mas são calúnias - até é um pouco vaidosa, nada melhor do que o despontar de uma borbulhona na pálpebra. Direita. E que dói.

Planos para os próximos dias:

- chorar até me caírem os olhos
- assoar-me até ficar sem pele no nariz
- comer uma caixinha de chocolates por dia (de todos menos mon chéri)
- ouvir todas as músicas depressivo-românticas de que me conseguir lembrar

Depois disso, farei novos planos.

Agora dou o valor.

Ao sorriso que os meus pais conseguiam alinhavar quando viam os 3 filhos sair de casa de mota.
Por muito que lhes custasse, era um prazer que não queriam ensombrar.

Coisinhas estranhas

Acabei de ver um homem estacionar o carro, desligá-lo, abrir a porta, sair, dar uma volta de 360º sobre si mesmo e depois voltar a entrar no carro, pô-lo a trabalhar e arrancar.

Blond moment

- Bom dia. Pode-me explicar porque é que esta encomenda, que enviei ontem para S.Jorge em correio registado, me foi devolvida?
- Ora, deixe cá ver...pois, enviou-a para si própria.
- Ah. Tá.
- Não se pode queixar de falta de rapidez dos Correios!!
- Com certeza que não. Muito obrigada.

Moral da história

Depois de ter ouvido o nosso eng/pm e o aquele senhor das desfinanças, só consigo pensar que foi uma bela ideia ter ido ao nutricionista há uns meses, porque assim já estou habituada a comer menos.

Perguntinha para os gajos:

Que fixação é essa com o bom ou mau estado das jantes?

Tina Dico

Sometimes it´s just too much, it´s not enough, it´s something else
It´s so much bigger than my head
it´s too demanding
Sometimes the fastest way to get there is to go slow
And sometimes if you want to hold on you´ve got to let go

I´m gonna close my eyes and when I open them again
everything will make sense to me then.

Tina Dico, Count to Ten

Happy birthday

Cenário:
Uma festa de aniversário. São 15 crianças de 6 e 7 anos aos gritos. Quando o pai da menina da festa acabou de servir as comidas e tirar as fotografias, sentou-se ao pé de mim.
Perguntei-lhe:
- Com estas idades, de que é que eles tanto falam?
- Segundo pude perceber, de merda e ervilhas.

De momento, a melhor opção:

Percursos pedestres

Se podemos ir para onde queremos usando uma estrada alcatroada e conduzindo no conforto do nosso carro, por que raio insistimos em andar por canadas cheias de silvas e atalhos enlameados para chegar ao topo de um monte íngreme comó caraças e concluir que não se vê porra nenhuma senão neblina?

Desmistificando

Nós, comuns mortais, crescemos com diversas frases glamourosas de mulheres que são verdadeiros mitos de sensualidade.

Uma delas, de Marilyn Monroe, teve jeito de resposta à pergunta "o que usa para dormir?" - a provocação chegou nem em forma de pijama de flanela nem de bordados ou sedas: simplesmente Chanel nº 5.

Pela primeira vez na vida tive, hoje, curiosidade de agarrar num frasco. Senti-me, por um segundo, loira, estrela de cinema e ícone da sexualidade.

Até abrir a tampa.

Argh.

Se eu postasse um video...

...fazias-me o favor de fingir que não percebias que era só para disfarçar a minha falta de inspiração para escrever?

O fim

Percebi que vestir uns calções para usar a mota tinha sido uma ideia muito estúpida, comparável apenas à ilusão de que hoje ainda ia tomar uma banhoca.
Está frio.
O verão acabou.
Está na altura de decidir, entre outras coisas, se levamos os amores de verão para o outono, ou se os arrumamos ao lado das toalhas de praia.

O elixir da juventude

Nada me transporta tão rapidamente para os meus tempos de universitária de 20 e poucos anos como um convite para jogar buzz numa sexta à noite.
(se bem que, nos tempos da universidade, qualquer noite servia - e qualquer dia também)

Tunning

Tem outro encanto quando, em vez dos habituais martelinhos, a música que se ouve aos berros é dos White Stripes.

Meninos, aprendam de uma vez.

Quando as meninas vos dispensam de fazer uma coisa qualquer...o que querem "mêsme" é que vocês a façam de livre iniciativa e, ainda por cima, a queiram fazer.

How simple is that?

To gender or not to gender

Tenho um amigo que já me disse muitas vezes: pensas mais como um gajo do que eu.
Não o diz nem como insulto nem elogio, apenas como a simples constatação de um facto. A ser verdade (e admito que seja), tenho de confessar que, mesmo assim, há dias em que me sinto um gajo ligeiramente efeminado.

Contas à vida.

Às vezes o balanço é positivo.
Hoje, nem por isso.

Desabafos de uma locutora

Tenho vontade de esbofetear os músicos que não se dão ao trabalho de enviar o que lhes peço, ou seja, as canções deles.
(e, se for preciso, choram por causa da insularidade (coitadinha, tem as costas largas) e, claro, das rádios que cedem às pressões comerciais, e porque ser músico nos Açores é muito difícil.



p.s. o único músico que visita esta tasca sabe que não tem motivos para enfiar o barrete.

Há gente assim

Uns, metem-se num enredo de vez em quando.
Outros, parece que não sabem fazer outra coisa.

Cavalheiros

Sim, ainda há...e aparecem quando as meninas não conseguem fazer o carro pegar.
(infelizmente, como esta é a história de uma menina traumatizada com assaltos, o primeiro instinto foi de medo)

A médio-prazo

O fim de tarde é mais bonito quando, entre uma cerveja e outra, três amigos planeiam visitar Amsterdão (mesmo que só dois estejam presentes naquele momento).

Dos insultos e outros carinhos

Só agora soube que morreu o homem que me chamava "porcaria". Dava-me dois beijos, perguntava-me pela escola e pelo comportamento e nunca se queria sentar.
"Ó Porcaria, tenho de descansar" - explicava ele. Funcionário público toda a vida, 30 anos depois de se reformar ainda as cadeiras lhe pareciam cansativas.
Quando ficou viúvo deixou de ir a minha casa. Apareceu só uma vez para explicar que não podia voltar.
"Só continuo a ir aos sítios onde já antes ia sem ela. Aqui vínhamos sempre os dois, e sozinho não consigo."
Senti-me, claro, vagamente abandonada. Ao fim de tantos anos...adeus? Primeiro ela, que desaparece sem dar explicações. E depois ele, que dá uma explicação que os meus 9 anos não compreendem.
"Ó Porcaria, até logo."

Descarga de adrenalina

É perceberes que tens uma abelha dentro do capacete.

Tudo ou nada

Eu, a mim, imagino-me perfeitamente (num dia que ainda vem longe) a fazer um ultimato destes do tudo ou nada. Mas confesso já que não gosto de os receber.
Ainda por cima um assim - que vem de modo indirecto, à laia de quem se acha subtil na chantagem emocional que não é dita mas apenas se insinua num castigo a que os americanos chamam the silence treatment.
Se nem tudo pode ser dito - se até há muito que não deve ser dito - convém ter em mente que o silêncio dourado será, na melhor das hipóteses, uma moeda de duas caras, prestando-se, portanto, a mais do que uma interpretação.
Porém, este não é o caso. O meu é simples: estou a ser alvo de chantagem emocional, encostada a uma parede que nem tinha visto e, do outro lado, de lâmina reluzente e afiada, a proverbial espada já me começou a rasgar a blusa.
A minha resposta é uma só: rasga o que quiseres, o meu guarda-roupa está cheio.

I´m not like a bird

Não sei se será ou não um medo irracional mas...se há coisa que me deixa vagamente em pânico é estar num espaço fechado e entrar um pássaro.

Coisas de (pouco) sopeira

Sou obrigada a pensar que devem ter passado vários meses desde a última vez que cozinhei: é que hoje, decidida a fazer um jantar para amigos, percebi que a primeira coisa a fazer era limpar o pó do fogão.

Não há mesmo outra coisinha para fazer?

Chegam notícias de que as autoridades de Barcelona querem processar Shakira por ter estado dentro de uma fonte a divertir-se com uma mão cheia de fãs.

Que a processem por ser uma das artistas do mundo que mais se preocupa com a divulgação de sonoridades quase perdidas de civilzações das quais nunca se ouviu falar, parece-me bem.

Que a processem por ser uma das celebridades do mundo mais activas em termos de apoio a crianças desfavorecidas, também me parece bem.

Que a processem por ser podre de boa e linda de morrer parece-me melhor ainda.

Por causa de uma fonte? Eh pá, vai chatear outro. Ela nem cuspiu lá dentro!

Aviso à navegação:

Estou-me a passar.
Talvez seja o horário madrugador que não condiz comigo, a tpm que me dá a volta ao miolo, as saudades de uma casa que já não tenho ou de uma que nunca vou ter - o que me leva à única conclusão óbvia e possível: a culpa é do novo acordo ortográfico. E do velho também.

Há dias assim (III)

Em que penso que não me pagam o suficiente para fingir que estou muito bem disposta.

Estamos de parabéns

Como sabem, se há coisa que é grande neste nosso blogue, é o número de visitas - porque, enquanto os outros blogues têm centenas de visitas por dia, nós mantemos uma média teimosa de 29 visitas diárias - mas são visitas de uma tal qualidade que cada uma vale por 100.
Posto isto, quero relembrar que o recorde estava nas 47 visitas em 24h mas ontem, não sei porquê, subimos para....tchan tchan tchan...51!!
Ninguém nos pára!!

Histórias verdadeiramente chocantes

Há bocado li uma notícia que era sobre um monte de coisas - uma estrela de reality show foi espancada num concerto pelos seus fãs...stop! Então os "fãs" espancam a mulher??? Que a enchessem de beijos era uma coisa...mas cortar uma melancia a meio 3 dias antes do concerto, urinar lá para dentro e depois amandar-lha à cabeça....bom, isso exige uma devoção que hoje em dia já não se encontra facilmente.

Mas nada disto me chamou tanto a atenção como a seguinte frase: "Vanilla Ice performed" - alto!! Vanilla Ice?? Vanilla Ice ainda performs?

Ouvido de passagem

- Estes jovens de hoje são muito esquisitos, nem querem repetir a comida da véspera!
- Ah, eu não sou assim - respondeu o amigo - não me importo nada de voltar a comer hoje a mesma sujeita que comi ontem.

O tempo

Já que o passar do tempo parece ser o tema da semana também quero dizer uma coisa:
- o melhor tempo é o roubado.

Ter mais ou menos 30

É ver uma fotografia de alguém e pensar "ela pôs botox!" e depois, no segundo seguinte, perceber que não estamos a olhar para alguma celebridade emplastrada numa revista cor de rosa, mas sim para a página de facebook de uma das tuas amigas de liceu que não vês há anos.

Vende-se

DIU, em bom estado, quase novo.

Da insónia

É muito útil para dar um avanço nas pinturas em casa.

Roteiro de fim-de-semana:

Contas à vida

3 e-mails, 2 blogues, o facebook e ainda o hi5 é demais.
Apaguei o hi5.

Há dias assim (II)

Em que tudo o que vejo à frente é um deserto. Se vou demorar meses, semanas ou dias para o atravessar é coisa que não sei.
Só tenho duas certezas:
- ver oásis é sinal de demência
- o camelo que lá está...sou eu.

Ler jornais é saber mais

Pois claro que sim, incluindo coisas que não queremos que sejam verdade. Notícias como a história de um homem que queria violar a mãe - conseguindo apenas espancá-la com um pau, mordê-la e despi-la.
Nem sei se podemos culpar o homem. Sei lá eu se é doido e teve um delírio, se a senhora toda a vida o espancou e o fez comer da sanita. Talvez lhe tenha dado todo o amor e carinho sem conseguir apagar aquela podridão que vive dentro dele.
É neste mundo que coisas destas acontecem? Que raio de gente somos nós?

Cada vez mais acredito que os extraterrestres há muito tempo que nos encontraram mas estão caladinhos porque, simplesmente, não querem nada connosco.

Uma pergunta perfeitamente lógica.

Será que umas horas extra de ginásio serviriam para me optimizar a força de vontade?

Pêlos, dores e recompensas.

Se há coisa que deixa uma mulher em conflito interior é fazer a depilação.
Para começar, há que obedecer às ordens dadas por outra mulher que, sem só nem piedade, vai ordenando...bom, vai explicando a posição seguinte.
E nós, peludas, obedecemos. Parece-me que há por aí muito marido desejoso de ter em casa uma mulher tão obediente como aquela criatura indefesa e meia despida em cima da marquesa.

O que nos move? A certeza de que, depois daquele puxão de cera que nos faz sofrer até aos pulmões, a dor, simplesmente, passa, e o único rasto daquele momento é uma pele lisa e aveludada.

Do amor e outros bloqueios mentais

Em O Museu da Inocência, Orhan Pamuk descreve um mundo que transforma os clássicos de Mary Shelley e Stephen King em historietas de meia-tigela - falando em termos do inverosímil.
Quando Kemal - homem de negócios turco vagamente ocidentalizado - percebe que fugir para a frente foi um erro, já é tarde. A mulher com quem viveu uma grande paixão e depois abandonou, Fusun, casou com um outro qualquer.
Corrigindo já o que acabei de dizer, acrescento: mais do que apaixonado, Kemal está obcecado. Aproveitando-se de um parentesco afastado, passa a frequentar a casa onde Fusun vive com os pais e o marido. Durante anos a fio, senta-se à mesa de jantar com a família, vê televisão, fala de banalidades, cria laços de negócio e sobrevive de lixo.
Lixo? Sim.
Kemal alimenta o hábito de levar consigo todos os objectos em que Fusun toca. E, quando digo "todos", é porque inclui beatas que, conforme o modo como foram apagadas, são um símbolo do estado de espírito da mulher no momento em que fumou aquele cigarro. Conforme Kemal escolhe interpretar, algumas são, por exemplo, a prova de que o amor que sente ainda é mútuo. Que o divórcio é, não apenas uma possibilidade, mas uma questão de tempo e que, depois disso, a felicidade estará ao seu alcance.

Ainda não li o fim da história, não sei se tamanha persistência será recompensada mas, a esta altura, estou absolutamente convencida de duas coisas:
- o Museu da Inocência, como espaço físico, é o lugar onde Kemal deposita e expõe todos os objectos surripiados: frascos de colónia vazios, cães de porcelana, utensílios de cozinha, baralhos de cartas rasgados.
- como lugar metafórico, é onde se perde o juízo, o loony bin dos apaixonados.

Há dias assim

Meti-me no carro e fui até ali, onde não estava ninguém. Desliguei o telefone, olhei-me no espelho e disse:
- Minha querida, precisamos conversar.

Peço desculpa

Realmente há dias que não venho cá e isso é indecente.
Eu explico: tive 3 diazinhos de folga e andei muito ocupada.
No domingo, por exemplo, estive a tarde toda nas esplanadas da avenida marginal a tomar das pedras e a falar sobre o sentido da vida e outras futilidades. Depois aquilo fartou - e mudámos para cerveja, camarão e lapas.
Na segunda-feira fui dar um mergulhinho à Ribeira Quente - a tarde prometia até que cometi o gravíssimo erro de comer qualquer coisa suspeita que me deixou o sistema em stress.
Já ontem a coisa foi muito diferente. Para já, porque jantei num bar de praia. Além disso, não houve marisco, só cervejinha. E um passeio a pé com um amigo que já não via há taaanto tempo (e passeámos de braço dado, como fazem as pessoas sérias) e a conversa não foi sobre o sentido da vida mas sim sobre o sexo em geral e a ausência dele em particular.
Para o resto da semana, porém, a previsão é de trabalho, trabalho e mais trabalho em 3 horários diferentes. E tempo extra de ginásio para compensar as bejecas ao fim da tarde.

WTF?

Já me aconteceu muitas vezes não saber o que pensar, que raciocínio fazer, que conclusões tirar. Mas esta de não saber o que sentir...esta é nova.

A Menina e a Rádio

Os "filósofos da rádio" dizem que a pior praga de um locutor é pôr uma música - qualquer música - porque é sempre a preferida de alguém. E qualquer coisa que venha a seguir à preferida está condenada a desagradar.
Penso nisso muitas vezes. E, quanto mais contacto com as pessoas que me ouvem, mais a questão me preocupa. Hoje pus Gansta´s Paradise e tremi: o Xico gosta tanto desta. Pus Pictures of You e ia entrando em pânico: a Carla até se passa quando ouve isto.
Fazer rádio, portanto - ou melhor, ouvir rádio - é uma espécie de mundo bipolar em que os ouvintes se dividem entre aquela alegriazinha que os obriga a pôr o volume mais alto...e a profunda desilusão de o baixar.

A Menina da Rádio

Fazer rádio tem muitas coisas bonitas. Uma delas, confesso, é não ter de me colocar, todos os dias, a terrível questão: o que é que eu vou vestir hoje?

Seria de esperar...

...que ao fim de quase 9 anos de trabalho eu me lembrasse: pôr os auscultadores sem tirar primeiro os brincos dói com´ó caraças.
Mas não.

Uma perguntinha...

Se te dás ao trabalho de pedir a minha opinião, não faria sentido dares- -te ao trabalho de a ouvir?

Afinal...

...não saí da consulta com vontade de me atirar debaixo do comboio. Ao que parece, baixei o peso e a massa gorda e todas as coisas que era suposto baixar. E subiu o que era suposto subir: o músculo...e o ego.

O sr. nutricionista

Depois de 7 dias de folga com passeatas que incluíram jantaradas com sobremesa tenho, amanhã, nova consulta com o sr.nutricionista.
Vou ser pesada, medida e escrutinada ao pormenor. Veremos se, à saída, corto os pulsos ou nem por isso.

O tal erro

Foi cometido porque tinha de ser. Não se perde tanto como se ganha: a capacidade de seguir em frente com a consciência tranquila. Fiz o que pude.

Ai a nostalgia...

...de quem tem agora 7 dias de folga seguidos...

Corpos danone

O que marchava agora era um whopper.

Apologia do anónimo

Cheguei agora de um blogue que tem um anónimo a sério. Ou seja, alguém que se dá ao trabalho de tirar boa parte do dia a ler os posts, pensar num insulto adequado e, claro, escrevê-lo.
A verdade é que esse não é o único blogue onde isso acontece. É comum em vários. Eu, pessoalmente, não consigo perceber a lógica da coisa - se vou a um sítio de que não gosto, não volto.
Será por isso - por não compreender - que eu não tenho um anónimo a sério? (é verdade que tenho um outro mais chatinho, mas nada verdadeiramente desagradável, enfim, nada que se apresente)
Se cada um tem os anónimos que merece, começo a duvidar das minhas capacidades - afinal, ao que parece, não consigo desenvolver nem um ódiozinho de estimação.
E isso deixa-me muito, muito triste.

O sr. nutricionista

Continuo a fazer tudo o que ele mandou mas, se o apanho na rua, passo-lhe por cima.

Há noites assim

A malta jantou, fumou e conversou. E depois foi tomar um copo, e fumar e conversar mais um pouco. E depois a Menina da Rádio esteve humildemente a ouvir o raspanete de um amigo que tentou desesperadamente fazâ-la perceber o tamanho da asneira que pretende fazer.
E a Menina da Rádio só dizia que sim, que sabia muito bem que estávamos a falar de um erro colossal - mas que teria de ser cometido.

Não há nada como a cultura geral.

"Tia! Tia! Quero um CD!"
Sempre que o meu afilhado pré-adolescente me diz isto eu fico, evidentemente, super-hiper-mega-orgulhosa.
O jovem normalmente pede Jonas Brothers, Red Hot Chili Peppers ou Black Eyed Peas mas desta vez pediu-me...Michael Jackson!
Até tive de limpar a a baba dos queixos.

Só para contrariar

Já que hoje anda toda a gente a falar da morte do nosso nóbél apetece-me ser do contra e falar de outra coisa qualquer.
E, como o dedo me escorregou, em vez de pôr "no ar" Celebration, pus Dress You Up: Madonna em 1985. Vai daí, resolvi divagar sobre o assunto e concluí que, nessa época, a rainha da pop era muito mais um ícone da moda do que é nos dias de hoje - há anos que nos estamos nas tintas para o que ela veste ...porque andamos demasiado ocupados a olhar para o seu fantástico traseiro.

Completa a frase:

"Há baldes de água fria que doem mais do que..."

Waffles e outros "eis"

Não sei porquê, mas reparo que muito bom português insiste em pronunciar "ueifles". Os meus amigos sabem muito bem que é mais uma espécie de "uófles", por isso talvez me saibam deslindar também este mistério, embora eu não consiga. E, já agora...por que se insiste em pronunciar "eiples" em vez de "áples"? "Tombe ráider" em vez de "tume reider"?

Tentações

Alguém conhece algum método infalível para lhes resistir?

Outra vez o facebook

Agora a sério, como é que é possível que, a uma publicação que divulga o rosto de uma criança raptada, vão DUAS pessoas clicar no "gosto"?
Esta gente não pensa? Ou pensa só a dias ímpares?

Uma perguntinha

Se inventam tanta coisa, por que não inventam uma maquineta que dispense a tortuosa recomendação não se esqueça de vir de bexiga cheia quando vamos ao ginecologista?

Para os Goma

Que vão hoje para o palco do Angra Rock...all my love.

O outro lado da vida de cão

Happyness hit her like a train on a track
Coming towards her
Stuck!
Still...no turning back
She hid around corners
She hid under beds
Sher killed it with kisses and from it she fled

Às vezes é assim - a felicidade atinge-nos sem darmos por isso. E às vezes até nem a queremos. Deixámo-nos apegar à nossa miséria franciscana, ao nosso sofrimentozinho de estimação e a verdade é que ser feliz é cá uma trabalheira...
Apesar disso, (mesmo assim, no entanto, porém)...às vezes não temos outro remédio: leave all your love and your longing behind, you can´t carry it with you if you want to survive - the dog days are over, the dog days are gone.
É por aí que vou. Quem quiser, venha comigo. Quem não quiser, deixe- -se estar.

Se eu fosse lésbica...

...um homem heterossexual ou um homem bissexual, ficava doida por saber que estas duas andam aos beijos.

"Seres o meu amor"

Vaga sobre vaga do meu mar
Subir, planar, voar, vencer
Chegar ao cume
E navegar pelo teu corpo
E naufragar nas vagas do ciúme
Soçobrar, cair e aportar nuns braços que me apertam
(Fogo e lume)



Repleto de sensualidade, o poema de Aníbal Raposo nasceu com dono. Ou talvez seja mais verdadeiro dizer que nasceu com dona, já que foi direitinho para a música dos Connection.

Mário Cabral e Sílvio Ferreira jogam na sonoridade do cancioneiro português (com direito a guitarra portuguesa cosida com o teclado electrónico) e Aníbal Raposo mostra que o amor, o ciúme e o mar não são apenas temas românticos e ilhéus, mas também urbanos e verdadeiramente universais.

E, quem diz amor, diz paixão, diz sexo, e diz esse maldito sentido de desespero chamado ciúme - que nos morde de modo particularmente voraz quando nos convencemos que um corpo, por ter
sido nosso um dia, ou uma noite, ou uma vez, passa a ser um bocadinho nosso.

Antes um mau ano...

Quando entrei no prédio, uma das minhas vizinhas atarefava-se a descarregar do elevador caixotes, sacos, electrodomésticos e uma impressora de todo o tamanho.

Eu bem sei que lhe podia ter dado uma ajuda, mas a verdade é que, nos 3 anos em que a fofa aqui viveu, nem uma única vez respondeu aos básicos bom dia/boa tarde ou boa noite que lhe dirigi.

Assim sendo, cruzei os braços e, quando o elevador ficou vazio, entrei e fechei a porta.

Sem cerimónias.

Uma perguntinha

Quantas vezes dá para usar a desculpa "não reconheci o número porque se deve ter perdido quando troquei de telemóvel"?

Quase

E pronto. Cá estou no último dia de férias. O fds final foi bom - já deu para perceber as subtis mudanças de estação (que é como quem diz que o Cantinho dos Anjos quase vazio numa sexta à noite é sinal, com certeza, que o campo de S. Francisco já abriu...hmpf); mas o JP Simões no Arco 8, no sábado, foi engraçado e juntou muita gente gira (e também alguns pseudo-intelectuais claro, mas essa é uma praga endémica, que se há-de fazer?).
Para hoje prevê-se mais um passeio e uma visita à família para experimentar um queijinho italiano e (a)provar um vinhito maltês.

Emoções de férias

Em Roma, o melhor é visitar o Coliseu quando se aproximar uma tempestadezinha...não acredito que haja coisa melhor do que passear por um local com uma história tão terrífica debaixo de um céu escuro com os trovões a bombar...
Quanto à fama dos romanos, de não respeitarem os sinais de trânsito, bom, é mais ou menos verdade. Quase todos respeitam os semáforos. Mas nas passadeiras, por exemplo...o mellhor é ter um olho em cada cabelo.
E as motas? São realmente tantas que várias vezes pensei olha uma concentração de motards e afinal era só o pessoal a fazer a sua vida.
E gostaste? perguntam vocês. Fartei-me de chorar, respondo eu - na Capela Sistina, por exemplo, que é mesmo uma coisa extraordinária. E na Basílica de S. Pedro. E durante a ópera trágica da Borboleta com um fim tão triste.
"E alguma vez te irritaste?" Apeteceu-me, com aqueles senhores que querem vender tudo e mais alguma coisa, de fotos a àguas e recuerdos, etc. Mas lá que são expeditos, não haja dúvidas. Mal cai um pingo de chuva, desaparece o bricabraque e aparecem, como por magia, guarda-chuvas e impermeáveis.

As férias II

Mesmo em plenas férias o blogue teimou que queria passar por cá para vos ver - por isso, cá estamos, a mandar beijinhos e a dizer que estamos bem. E agora vamos andando porque amanhã há mais um vôo e sai cedinho, cedinho.

As férias

Esta coisa das férias não está a correr muito bem. Apanhei uma constipação tão simpática que o mau tempo até não me aborrece muito. Aproveitei para pôr em dia o sono, as leituras (vergonhosamente atrasadas) e os filmes - no DVD e no cinema..olhem que ir ver um filme a meio da tarde de um dia de semana é mesmo muuuuito bom, é cá um sossego...
Mas, já que os aviões estão de volta ao activo, vou para a capital...curar a constipação e esperar pelos voos para aeroportos mais distantes.
Vou, portanto, de férias. E o blogue vai comigo.

A verdadeira crítica construtiva

Não é um mito, não senhores.
Eu sei, porque um dos meus ouvintes hoje disse-me "sente-se aqui" e a seguir explicou-me que eu tenho de dizer o meu nome mais vezes e pôr na voz o sorriso que me vê todos os dias.

Da amizade entre homens e mulheres

Facto: se eu (solteira, nova e muito jeitosa) fôr vista a conversar com um homem velho,feio e casado, ninguém liga.
Facto: se eu (solteira, nova e muito jeitosa) fôr vista conversar com um homem novo, jeitoso e solteiro, cai o carmo e a trindade.

Partimos sempre do princípio que não é apenas o início de uma amizade.
Porquê?

Sensualidades

A tua boca anda oca
da minha língua, da minha língua
a minha língua anda à míngua
sem tua boca, sem tua boca


Ney Matogrosso, A Cor do Desejo

O que contém um nome? O juízo dos pais.

Está no facebook uma jovem escandalizada (e com razão) com uma piada feita a propósito do seu nome (nome esse perfeitamente normal). Bom. Logo apareceram comentários com nomes descabidos: alguém conhece uma senhora chamada "Inocência Mata". Outro conhece um "Moisés Espírito Santo". Eu, pessoalmente, vi cartas que a minha mãe recebia da sua querida amiga "Maria da Transladação dos Ossos de S. Francisco Xavier".
Bom.
Tudo isto serve para agradecer (mais uma vez) aos meus pais o nome que me deram.
"Menina da Rádio" é mesmo um nome muito bonito.

Pelo sim, pelo não.

Não estou a ver jeitos de o vestir tão cedo mas, mesmo assim, comprei um fatinho de banho.

Obsessões

Este disco agora roda em casa e no carro que é uma coisa doida. Particularmente o hit "You´ve Got the Love" por causa de frases como "Sooner or later the things you love you lose" (que frase tãããão triste) e outras como "When food is gone you are my daily meal" - esta faz-me lembrar os Silence Four e a sua "put me in your supermarket list".

Que necessidade é esta de compararmos o amor à comida?

É por ser essencial à vida?

Ou será por acabar no esgoto?

Sou como o vinho do Porto

É bom saber que esta mulher com mais de 40 anos, uma boca enorme, alguns bad hair days no currículo e uma porrada de filhos foi eleita a Mulher Mais Bonita do Mundo.

Tendo isto em conta, e repescando algumas das fotografias mais antigas de Julia Roberts, só podemos rejubilar com o passar do tempo - que nos deixa mais sábias e, ainda por cima (tudo o indica) mais bonitas.

Queridos amigos

O objectivo de 2010 cumpriu-se: ultrapassámos o número recorde de visitas diárias. A ideia era chegar às 50, mas hoje tivemos 67.
É bonito.
Beijinhos e voltem sempre!!

Post do meio-dia

Este post não é o único de hoje - não aqui, mas noutros blogues que, num grito à laia de arroz de cantina (unidos venceremos) reclama...grita...indigna-se com o sr. Miguel Bettencourt.
Sim, meus amigos, considerem o post anterior inválido. Esta coisa do "ah que pena e tal" é uma treta. Quero é reclamar, alto e bom som! Ou melhor, EXIGIR que reabras as portas IMEDIATAMENTE.
E, como verás (ou já viste) não sou a única.

Tenho muita, muita pena...

...que o mbweblog tenha fechado a porta.

Uma perguntinha III

Se alguém te dissesse: "pois, eu não te falei no assunto precisamente porque já sabia que a tua resposta seria essa", insistirias na conversa?

Frasezinhas do bolso do acendedor das calças de ganga

"Não há nada mais aborrecido do que duas pessoas que continuam a conversar quando estamos a tentar interromper."
Mark Twain

Desabafos técnicos

Eu sei que, no tempo da bobine, era o que havia e ´tava-se bem, desde que as tesouras andassem afiadas.

Depois veio o vinil e era uma curte - desde que não faltasse o álcool etílico para manter as agulhas a rodar.

Mas o que eu não compreendo mesmo é: como é que conseguiam trabalhar no tempo em que não havia auto-operados????????

Apetecia-me deixar a coisa assim mas, por respeito a vossemecês, acrescento que me refiro a estúdios auto-operados - que são estes em que quase toda a gente trabalha nos dias de hoje, em que temos um locutor sozinho a fazer tudo.

Antigamente é que a generalidade dos estúdios era como se vê nos filmes, em que há, pelo menos, duas pessoas de cada lado de um vidro (vulgo aquário), sendo uma delas o apresentador e, o outro, o técnico, produtor e/ou realizador, etc.

Nos filmes fica bonito.

Mas, na vida real, o que eu quero é que me deixem isolada a trabalhar nesta caixa de vidro e à prova de som. Obrigada.

Sondagem

Uma mulher de cabelo castanho-claro (já a puxar para o loiro) deve ceder a um capricho de o pintar de castanho-escuro?

O fim das obras

Tenho um amigo que diz que os trolhas só são bonitos e podres de bons nos filmes pornográficos. Apesar de não o desmentir, pergunto-me se, depois de uma semana e um dia em obras (incluindo o sábado e até o domingo), não terei saudades deles.

Ditadinhos de algibeira

A única expressão mais estúpida do que "a excepção confirma a regra" é "falar é fácil".
Se há coisa que não é fácil meus amigos, é falar.

Pescadinha

Fazer obras é uma pescadinha de rabo na boca. Como fechei aquela porta tive de pintar a parede nova...e depois tive de pintar o resto da divisão porque as paredes já não pareciam iguais. E, como abri uma porta nova, tenho de pintar ali à volta para esconder os restos do cimento...e claro que nesta segunda divisão vou acabar também por pintar tudo...e quando já tiver as paredes todas bonitas e brilhantes vou reparar que as portas também já precisavam levar um jeitinho...

My Fair Lady

Ainda sou do tempo em que se respondia"senhora" ou "senhor" quando os pais chamavam. Fazia o mesmo com os meus tios e com os amigos lá de casa - nesse tempo, os "tios" eram os irmãos dos meus pais, e os amigos eram isso mesmo: "amigos" - ao contrário do que acontece hoje. O termo "amigo" parece ter caído em desgraça e somos todos "tios" dos filhos dos nossos amigos.

Mas voltemos às "senhoras" que é, evidentemente, o termo que me aborrece esta tarde. Do que eu gosto mesmo é que me tratem por tu porque me faz sentir pirralha. O você, embora pouco comum para os nossos lados, parece estar lentamente a ganhar terreno e, para ser sincera, não me incomoda, pelo contrário, parece-me uma bela maneira de demonstrar respeito duas vezes: por um lado, não nos damos às intimidades de quem andou junto na escola, por outro, diz que a outra pessoa é bastante jovem, portanto, senhor ou senhora não é coisa que tenha cabimento.

Que fazer, porém, quando dizemos a alguém que nos trate por tu e a pessoa não só ignora a possibilidade do você como insiste no senhora?

Não quero encolher os ombros.

Hoje começa uma nova etapa...é sempre com alguma melancolia que deixo um horário e é com muito nervosismo que me apresento a ouvintes novos. As mãos tremem mas, felizmente, a voz ainda não falhou e estou arrependida de ter comido esta coisa que agora me revolta o estômago.
A pergunta de hoje é velha como os tempos: será que vão gostar de mim? Se, na vida pessoal, podemos responder a uma negativa com um encolher de ombros, no trabalho a coisa funciona de outro modo, principalmente quando temos tanta gente à escuta e livre de nos mandar àquela parte com um simples toque num botão.

Think positive

Além de ter obras em casa e a promessa de um fim-de-semana de chuva, tenho uma infecçãozinha nos olhos - possivelmente cortesia do pó de cimento...
Resta-me dar graças pelas pessoas que me dizem que vá lavar os olhos quando começo a ficar com muito mau aspecto, por a minha irmã ter conseguido apanhar um avião para cá, por ter mestres que aparecem e por ter as obras já 30% prontas.

"O Amor Dá-me Tesão/Não fui eu que o estraguei"

Se eu largar eu sinto a sua falta

Se agarrar ela perde a cor

Ela não é dos meus dedos

É dos meus dedos

E faço-me passar por uma flor

A mim parece-me que Manuel Cruz põe o dedo na ferida. É um tema recorrente na música e na poesia (a parte da poesia é palpite meu porque é coisa que não leio) esta questão de não querermos agarrar alguém por sabermos que quererá fugir...e de não querermos deixar escapar porque a queremos ali bem debaixo do nosso braço onde a possamos sufocar à vontadinha.

E também é verdade que nos fazemos de flor - cheirosinhos e bonitinhos e engraçadinhos e lavadinhos nos primeiros tempos da sedução porque (embora todos a queiram comer) ninguém quer ser a couve-flor.

A moral da história é que desde que alguém escreveu aquela foleirada do if you want something let it free, if it comes back, it´s yours, if it doesn´t, it never was nunca mais se inventou verdade nenhuma.

Assim, sim

Gostei muito de ler hoje o Correio dos Açores: "Chocolate preto ajuda a evitar enfartes e AVC (...)consumir diariamente uma barra de chocolate preto, com alto teor de cacau, pode reduzir os riscos de doenças cardíacas e AVC até 39%."
Nada como uma notícia assim para dissipar o nevoeiro.

De todas as ideias estúpidas que já tive na vida, sair hoje de mota está no top ten.

Estatísticas

Se é ponto assente que as mulheres se vestem umas para as outras - e não para os homens - resta-me apenas uma grande dúvida existencial: para quem escrevemos?
Para nós?
Para os outros?
Se os blogues meus vizinhos se queixam de apenas terem umas poucas centenas de visitantes desde o advento do facebook, que direi eu - que mantenho o meu recorde pessoal nas 42 visitas em 24 horas?
Há poucos dias o Fiat Lux resolveu fechar a loja e mencionou as poucas visitas e ainda menos comentários. Vai daí, resolvi comparar os meus números aos dele (uma espécie de a tua é mais pequena do que a minha, mas completamente ao contrário) e concluí que este meu e vosso blogue (sim, porque quero já começar a dividir as culpas) conseguiu, em 3 anos de vida, umas míseras 20 mil visitas, enquanto o Fiat, em apenas 2 anos, conta cinco vezes esse número.
Será que me satisfaço com pouco? Será que escrevo, primeiro que tudo, para mim? Ou será que a minha verdadeira curte está em saber os vossos nomes quase todos, em vez de escrever para uma massa anónima?
Que me dizem, Maria, Miguel, Raquel, Jorge, Catarina, Rita, Júlio, Nelson, Sérgio, Bárbara, Alvarino, Sara, Marilyn, Ricardo C. e Ricardo L., Guida, Jordão, Tibério, Miguel, Paulo e Joana?

Segunda-feira

Acho que me vou esvair em preguiça.

confessa-te.com

Estava eu a publicar o post anterior quando me apareceu este anúncio:
confessa-te.com/Deusatende, acrescentando, claro, que errar é humano e perdoar é divino...e pelos vistos também é digital, o que faz sentido porque Deus é omnipresente, logo, também está na net.
Já me pus a imaginar uma espécie de call-center cheio de srs. padres alinhadinhos em frente aos pcs a recomendar por email 2 Avés-Marias e 3 Pais-Nossos. Ou será por sms?

"Eidética"

O dia é sempre melhor quando aprendemos uma palavra nova.

Já vou avisando...

...que, neste post, vou citar a Britney Spears e vou falar de música pop. Se quiserem continuar a ler, estão à vontade, mas depois não se queixem.

Bom.

Ms. Spears disse um dia qualquer coisa como "pop music is the hardest thing to do: it has to be fun and upbeat...but a boring song? anyone can do that"

E é verdade. Alguém duvida que seja mais fácil escrever um texto absolutamente enfadonho do que algo realmente interessante e divertido? Na música a coisa vai dar ao mesmo. Escrever/compôr alguma coisa que deixe milhares/milhões de pessoas aos saltos pelas discotecas do mundo fora não deve ser tarefa fácil. A pop tem essa vantagem: não quer enganar ninguém, não quer meditar, não traz uma mensagem. Apenas quer pôr a malta a dançar nas pistas.

Com este objectivo em mente, é fácil concluir que, na música pop, como em tudo, há as coisas boas e más, conforme são bem ou mal sucedidas nos seus objectivos primários de dança e divertimento.

E a "moral" da minha história é esta: tal como vos disse uma vez que all the singles ladies é a pior música desde the man who can´t be moved que, por sua vez, era a pior desde la isla bonita, também vos garanto o seguinte: telephone é a melhor música pop desde vogue.

O telefone e o sexto sentido

- trim
- Tou?
- É a d.maria?
Foi aqui que funcionou o meu sexto sentido:
- Não, é a prima, a Raquel. A D.Maria não está.
Uma mentirinha branca por dia. Nem sabe o bem que lhe fazia - serve, pelo menos, para despachar vendedores.

Escrever, escrever

Há pessoas que escrevem muito bem e, por isso, gosto de ler o que escrevem.
Outras escrevem tão bem que me irritam.

Gaffe sobre gaffe

- Será da Terceira, aquele rapaz com quem estavas a falar? - perguntou-me o meu colega
- Acho que não...tem pronúncia do continente...
Claro que resolvemos perguntar-lhe directamente e ele respondeu que não, não é da Terceira, e acrescentou: "não é fácil de adivinhar de onde sou?"
- É fácil, sim...quer dizer, percebe-se que é do norte...- este foi o meu palpite de espertinha.
- Do norte??? Mas eu sou de Lisboa.
A esta altura já estávamos tão embaraçados pela nossa falta de ouvido que o meu colega resolveu, ao menos, dar-lhe os parabéns pelo Benfica.
- Mas eu sou portista - responde o homem.

Bolas.

O Medo

Penso muitas vezes num video de uma canção qualquer - não faço ideia qual - por um artista qualquer - não faço ideia quem.
O video, porém, ficou-me na cabeça: é, simplesmente, a imagem de uma mulher que se passeia pelas ruas de uma cidade qualquer - não faço ideia onde - e leva ao peito um coração. O coração é uma espécie de peluche, bem grande e bem vermelho.
A mulher aproxima-se de várias pessoas e, guess what?, todas fogem a 7 pés. Ninguém lhe quer ver o coração. O que lhe vai na alma não interessa a ninguém.

Entretanto fiz uma pausa para descobrir o video e percebi que muito boa gente por essa net fora já colocou esta questão nos mesmos termos: lembram-se do coração (que afinal não é um peluche mas sim um balão) mas do nome da música...ui, nem pensar. A verdade é que a música não vale nada. Mas aquele coração...até minga em reacção à indiferença do mundo. E, já bem pequenino, ouve o comentário de um homem que diz que é a big heart, it´s scary.
É por isto que muitas vezes pomos o nosso coração do tamanho certo para caber no bolso. Porque na verdade meus amigos, eu também me assusto com corações à vista.

Smells like teen spirit

Here we are now
Entertain us

Ninguém duvida que este seja um dos refrões da geração rasca. Nasceu da maneira mais comezinha possível: um adolescente tímido e mal jeitoso - de nome Kurt - foi, com uns amigos, a uma festa de garagem organizada por raparigas, mas chegou cedo. A festa ainda não estava a bombar. Para quebrar o gelo, balbuciou "here we are, entertain us".
À sexta-feira (felizmente) entertain us passa-me sempre pela cabeça - seja em bares ou em casa de amigos, o que interessa é relaxar, descomprimir, arejar. E há sempre um pouco daquela forma mais agradável de entretenimento: o flirt.
Acredito firmemente que o flirt é um dos principais responsáveis pela falta de entendimento entre homens e mulheres. É que, por esse mundo fora, não faltam homens desavisados que acreditam que a mulher procura o amor acima de tudo.
Meus caros, sortudos que frequentam este blogue, tomem nota de mais uma verdade universal: muitas das vezes em que pensaram ter uma mulher apaixonada por vocês tiveram, na verdade, uma mulher dedicada a esse hobbie delicioso chamado flirt.
Quantas vezes pensaram ler-lhe um pensamento repleto de amor e planos para o futuro enquanto elas, silenciosa e alegremente cantarolavam here we are now, entertain us"?
O homem - esse delicioso hobbie.

Alegria! Alegria!

Oito meses depois a Menina da Rádio mudou o cd do carro!
Out com os Mudvayne, in com os Marilyn Manson.

Traições

Há mais de um ano conversámos aqui sobre traições. A minha pergunta, na altura, foi:
- "qual a atitude, numa amizade, equivalente à facadinha nas costas no matrimónio?"
Hoje a pergunta é outra: quanto tempo demoramos a perdoar?
Um ano? Ou apenas o tempo de perceber que a nossa vida é mais pobre sem aquela amizade - mesmo ferida? Ou acreditamos - liricamente, talvez - que uma amizade que sobrevive sai fortalecida?

Duas fêmeas-alfa

Duas fêmeas-alfa cruzam-se na rua. São as duas loiras, bonitas, confiantes.
A rua é demasiado estreita.
Qual das duas se desvia para dar passagem à outra?
Evidentemente, a que não leva um cão-de-fila.

Desacordo ortográfico

O tempo dirá se isto pega ou não pega mas, mesmo que pegue, fica a nota para os primeiros tempos - é que ler frases como "dúvidas sobre a adoção" ou "saberão entender o seu ato" por enquanto ainda me cheira só a editor/revisor cheio de vontade de mostrar serviço.

Uma desmazelada, é o que eu sou!

E não é que depois de vos ter imposto um inquérito a propósito de "1001 maneiras de dizer que não" a única coisa que me ocorreu foi um "não, obrigada"????????????

Esta noite não me assaltaram o carro.

Só me escarraram no vidro.

1001 maneiras de dizer que não

"Cromos repetidos? Não, obrigada."
"´Tás a gozar, certo?"
"Como é que é?"
"A fila já andou..."
"Cof cof...desculpa, veio-me um vómito à boca..."
"Tenho de ir depilar as pernas com pinça."

Estou decidida a alongar esta lista. Aceito sugestões.

Desilusões

Às vezes as desilusões acontecem por culpa nossa: criamos expectativas altas demais - a que nada nem ninguém poderiam alguma vez corresponder.
Outras vezes a coisa não funciona assim: há, pura e simplesmente, uma desilusão que continuaria presente mesmo que a expectativa fosse zero.
Que fazer? Assumir que não pode ser ou continuar a mandar postais?

Sexta

Mesmo com o pingo no nariz, hoje vou fazer vida de sexta à noite. É claro que tenho de ir primeiro à fisioterapia para os olhos (sim, eu faço fisioterapia para os olhos), e tenho de deixar tudo pronto para amanhã - que é dia de trabalho - tenho de estender roupa e lavar o chão mas depois de fazer isso tudo como uma menina bem comportada, vou-me concentrar em ser uma bad girl.

Concurso de Docentes

O (penso eu) futuro "Colégio do Castanheiro" já pôs um anúncio no jornal a informar que anda à procura de professores. Eu acho bem que os encontrem...ou que encontrem pelo menos um - e, de preferência, um que lhes possa escrever um anúncio em português decente.

Epitáfio

Na minha campa façam o favor de escrever:
"Menina da Rádio: teve sorte com a família, com os amigos, com o trabalho. Mas não com as empregadas domésticas."

Um filme às direitas

Porque se há coisa que os lobisomens (e os vampiros) devem ser é feios, porcos e maus. Mesmo que sejam Sir Anthony Hopkins e Benicio guapo del Toro.

Facebook

Como é que alguém no facebook actualiza a situação no Nordeste, dizendo que a situação é "dramática" porque já ´morreram 3 pessoas e depois vai lá uma amiga à página e clica no "gosto"?

Casa de ferreiro...

Será possível que uma locutora de rádio tenha o mesmo cd no carro há oito meses?

Relatório da 1ª vez que pus as lentes de contacto sozinha

Para o olho esquerdo a coisa correu bem: ao fim de 20 minutos a lente estava no sítio, e tão bem colocada que nem tinha a certeza se lá estava, mas como conseguia ler a marca do aquecedor, deduzi que sim.
Quanto ao olho direito...bom, passei quarenta (40!!) minutos a tentar e finalmente consegui!! Claro que, a essa altura, a lente já estava tão amassada e quebrada que não via nada e tive de a pôr no lixo.

Cenas de gaja

Quando, finalmente, o meu oftalmogista conseguiu, pela primeira vez, pôr nos meus olhos as lentes de contacto, o meu primeiro instinto foi procurar um espelho...para ver se me ficavam bem.

A colher e o telemóvel

É uma nova verdade universal: a força da mente consegue dobrar uma colher, mas não consegue fazer tocar um telemóvel.

O Inverno não está para graças

Este fim de semana (pela segunda vez este ano) pensei que tinha emigrado. Afinal, o meu país é de brandos costumes, e isso inclui, ou devia incluir, a meteorologia.

Vende-se Penthouse

Se constroem um mamarracho que me tira a vista da marina e o elevador está avariado desde sexta-feira passada, de que me serve viver no último andar?

Verbos

Ver o mail.
Postar no blogue.
Chafurdar no facebook.

Uma perguntinha II

Quando as campainhas de alarme da nossa cabeça disparam, como é que percebemos se é sexto sentido ou puro preconceito?

Os ciclos

Não me importo de continuar no ciclo de traições em que ando metida - traindo cabeleireiros, esteticistas, etc - mas gostava de quebrar este ciclo em que me vejo entalada hoje: de pôr uma musiquinha romântica atrás da outra...

Traições

Eu, Menina da Rádio, me confesso: traí o Grande Cláudio.

Reclamações

Parece-me que o bom português é, em muitas coisas, treinador de bancada. As reclamações não me parecem excepção. Muitas vezes, em conversa, faço um pequeno exercício: quando alguém me explica o mau atendimento de que foi vítima em qualquer serviço, eu pergunto "ao menos tinham livro de reclamações?" - a resposta, 99% das vezes, é "não sei, não perguntei".
E reclamar, meus amigos, é que faz o país avançar.
Todo este preliminar serve para vos contar que esta manhã liguei para um número de telefone a perguntar "afinal? já ´tou há um mês à espera!!"
A senhora do telefone não ´tava nem aí. Ela sabe muito bem que a empresa está em falta perante o cliente e as desculpas que apresenta são esfarrapadas mas nunca ouvi um "pedimos desculpa" ou sequer um "desculpe lá". Nem sequer se dispunha a resolver a situação e ligar- -me quando estivesse tudo certo. Limitou-se a bocejar um "telefone amanhã e logo vemos".
Claro que me comecei a pôr em bicos de pés. Puxei do meu tom de voz arrogante e apontei todas as faltas cometidas pela empresa. Quando a senhora tentou - novamente - dar a mesma desculpa esfarrapada interrompi-a rudemente e disse: "os vossos problemas internos não me interessam, quero é que a partir de agora as coisas corram de outra maneira".
Fui absolutamente arrogante, irritante, antipática. Mas o meu problema foi resolvido de imediato.
"E não tem nada a pagar, minha senhora."

Nine e o Rui

A propósito de musicais estou cada vez mais confusa. Já vos disse que não gostei nada do Fantasma da Ópera. Tenho um ligeiro ódio ao Moulin Rouge. Mas gosto tanto do Chicago. E do Mamma Mia. E agora também gosto do Nine - apesar de achar que as letras das músicas são fracas, todo o resto é fabuloso.

Mas Penelope, meus amigos, ah a Penelope...estou plenamente convencida que vou sonhar com ela um dia destes.

A foto de hoje é dedicada ao Rui Rebelo Gamboa. O motivo? Nenhum em especial, apenas acho que ele pode gostar.

Estamos de acordo

Eu concordo com o Papa quando ele cita Jesus Cristo: "Os que escandalizam as crianças merecem que lhes coloquem uma mó de moinho ao pescoço e os atirem ao mar."

Declarações de Bento XVI a propósito da pedofilia na Igreja.

Banda sonora de um domingo à noite

Depois de termos ouvido umas 175 músicas que um recomenda e o outro abomina apareceu esta jovem a criar um certo consenso.

Miss Li - já a vi fazer milagres.

Decisões

Tomei hoje uma decisão importantíssima na vida de qualquer mulher: mudar de esteticista.

Amália Hoje

Ontem o Fernando Ribeiro esteve no Teatro Micaelense.

Ai.

Ele é tão lindo, e canta tão bem e tem uma voz tão bonita.

Ah! Acho que estavam lá mais 2 ou 3 a cantar e parece-me que também havia um côro.

O trabalho

Isto da rádio tem mesmo os seus momentos engraçados, como chegar um dia ao trabalho e ouvir uma peça de teatro radiofónico de 1966. Em bobine.

O certificado

Foi um pouco estranho ler o meu certificado de habilitações da universidade e dar de caras com um erro ortográfico.

Sopas

Todas as sopas de cantina têm montes de batata.
Todas, menos o caldo verde.

Cenas de gaja

Senti-me, em primeiro lugar, chocada e, em segundo, rídicula, quando a empregada me explicou que eu estava a fazer uma excelente compra porque aquelas calças são "anti-celulite". E ainda acrescentou que elas não tiram realmente a celulite mas "hidratam muito bem a pele".

UA

Achei muito estranho ir à universidade ao fim destes anos todos e encontrar tanta gente conhecida. Estava absolutamente convencida que me ia sentir uma perfeita alien mas afinal só faltou sentar-me no bar a jogar uma cartada.

Fase Zen

A minha fase zen está oficialmente encerrada.

Só para estar "in"

Conversas matinais de português pouco suave.

Já não sei como, a conversa foi dar aos bingos.
- Na Dinamarca, o bingo é muito estranho.
- Ah sim, porquê?
- Quando alguém ganha, os outros aplaudem.

Discos

"My love´s a revolver
my sex is a killer
do you wanna die happy?"

Madonna & Lil´Wayne

"Fame"

O que eu delirava com esta série nos anos 80! Quer dizer, eu presumo que passava na RTP em 1980 e tais, mas confesso que não fui confirmar.
Adiante: achava um espanto a vidinha daqueles "adultos" numa escola bem mais interessante do que a minha.
Posto isto, dediquei-me um dia destes a ver o filme.
O primeiro "choque" foi este: embora os alunos do filme tenham a mesma idade que os alunos da série, eu agora acho-os "uns putos".
O segundo choque - bem mais suave - foi concluir que o filme é uma seca.

Zen

Com o ano novo decidi entrar em fase zen, mas confesso que estou uma nisca entediada.

L-O-L

Atrás de mim, no elevador, ficaram 3 adolescentes.
De repente sinto um toque no traseiro. Mau, mau. Os rapazes começam a tentar controlar o riso, mas sem sucesso. Conforme me viro para trás (tudo isto acontece em pouco mais de um segundo), percebo que o rapaz que está mesmo atrás de mim tem um capacete na mão, e foi isso que me tocou. Os amigos repararam, e riem-se porque estão convencidos que ele vai levar um estaladão. Ele também se ri, mas de nervoso, porque também está convencido que vai levar um estaladão.
Virei-me para a frente e tentei-me lembrar de como era ter 16 anos.
E comecei também a tentar controlar o riso.

Casamento sexual

Não me ocorre outra coisa. Nunca me casei, mas apenas posso concluir que a base do casamento é o sexo. Se assim não fosse, que outra explicação haveria para tanto burburinho? Pois se a única diferença entre os homossexuais e os heteros é a sua orientação sexual, acho lógico concluir que toda a complicação se deve ao facto de a base, essência, razão de ser e fundamento do casamento ser o sexo!
Certo? Se a lei permite o casamento entre pessoas com 50 anos de diferença de idades, entre um analfabeto e uma doutorada, um portista e uma benfiquista, um machista e uma feminista, um agressor e uma vítima, um gastador e uma forreta, um católico e uma pessoa de outra religião qualquer, então, logicamente, é porque essas não são questões fracturantes. É o sexo que, verdadeiramente, define um casal.

Obsessões

Cá estou de novo a partilhar mais uma musiquinha que me anda a obcecar. Para variar não é muito rafeira:

Who says I can´t get stoned

Turn off the lights and the telephone

Me in my house alone

Who says I can´t be free

from all the things I used to be

Rewrite my history

It´s been a long night (...)

I don´t remember you looking any better

But then again I don´t remember you

Who says I can´t be stoned

Call up a girl that I used to know

Fake love for an hour or so

(...)

Surpresas de ano novo

É simpático descobrir que temos uma placa de amianto em casa.

Revista de Imprensa

No Correio dos Açores, na página 26 da edição de hoje, começa uma reportagem que assinala os 30 anos do sismo de 80.
Um dos meus colegas disse-me "Lê isto!" e eu, que sou bem mandada, li:
"Quando a terra tremeu na Terceira, São Jorge e Graciosa, o secretário do Equipamento Social de então, João Bernardo Rodrigues, viajava entre Porto e Lisboa. Qà (sic, mas deduzo que seja "À") chegada à capital, quando foi ao telemóvel, tinha uma chuva de chamadas não atendidas."

Bom.
O que o senhor parece dizer mais abaixo é que "tinha o recado de vários amigos" e "na recepção do hotel procurei contactar..."
Posto isto acho que o melhor é plagiarmos o "no comment".